quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A QUE PONTO CHEGOU O POLÍTICO



O ilustre cidadão, engana o eleitor com promessas maquiavélicas para chegar ao poder, consegue ser eleito obviamente pela maioria dos eleitores, assume o cargo de Prefeito, viaja com o dinheiro do povo para trair os votantes, arrogantemente, menosprezando-os como se fossem indignos de sua representação. O senhor Prefeito da maior cidade da América Latina, certamente, tem pretensões em tornar-se presidente da república para acabar com a Nação, exterminando o Populismo em benefício do Elitismo.
O que pode nos deixar muito tranquilos é o fato irreversível da revolução tecnológica que não permite mais os velhos políticos colonialistas manterem-se no poder, até mesmo chegar lá.
A Egocracia perdeu a sua vez.

CAPITALISMO E AGOISMO


É lamentável ouvir de um cidadão eleito pelo voto popular democrático a hipócrita frase que " é preciso acabar com o populismo no Brasil". Isto dito pelo Prefeito da maior cidade da América Latina, lá fora, na Suiça. Certamente, em se tratando de um cidadão bem sucedido no sistema capitalista como empresário, recorreu ao povão para ingressar na vida pública. Por sua vez, Administração Pública não se confunde com a
iniciativa privada.
É muito mais fácil ingressar no Poder Público com intenções egoisticamente privadas do que defender os interesses do eleitorado. Talvez
não seja necessário acabar com o populismo mas sim diminuir a arrogância de uma elite que sente-se proprietária absoluta do Planeta e, por isso,
acha-se no pleno direito de dominar agocraticamente o mundo que pertence a todos os seus habitantes. A pior ideologia é aquela que insiste em manter a desigualdade social cada vez mais relevante.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

PEQUENA HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO


Inevitável é fugir da História como Ciência diante dos fatos que a sociedade registra, através das experiências vividas por seus cidadãos ao longo de qualquer período. A violência, sociologicamente, tem sua origem muito bem identificada quando nos deparamos com as carências de recursos que estabelecem e definem o crescimento da desigualdade, apesar do desenvolvimento econômico de um Pais. Quando a vontade política se
faz ausente com sucessividade torna-se evidente o aumento das dificuldades para recuperar o que, historicamente, sofreu agravamento. É como um tumor maligno não descoberto a tempo.
Para quem gosta ou não de História, é possível na condição de cidadão lastimar que a falta da Educação institucionalizada contribuiu
para o crescimento da violência, entre outros fatores associados a ela. Então, melhor discorrer sobre Educação como um fator primordial na prevenção da origem do comportamento agressivo entre membros de uma sociedade.
Em governanças do estado do Rio de janeiro em anos anteriores, o ensino público foi prioridade, a partir da creche até o primeiro grau completo, havendo em número menor estabelecimentos públicos destinados ao segundo grau. É possível relatar governos como de Faria Lima, Negrão de Lima, Celso Peçanha, Roberto Silveira e Marcelo Alencar, como governadores cujas gestões administrativas caracterizavam a vida
estudantil a partir de uma necessidade básica para o desenvolvimento estadual. Havia uma demonstração de comprometimento político com a Educação na sucessão de governantes, inclusive, não faltando Escolas Técnicas. Era perceptível a vontade política voltada para a formação de uma sociedade fluminense futura rica em conhecimentos científicos e culturais, bem como tecnologicamente.
Essa relação de sucessividade política, ao ser interrompida anos seguintes pelo crescimento dos interesses oligárquicos provindos do
partidarismo em primeiro plano deu origem a decadência e consequente falência das instituições oficiais de ensino, por completo abandono.
Quando o idealismo é radicalizado e condenado, de nada adianta boas e grandes ideias de gênios reconhecidos pela sociedade em todos os níveis.
Um exemplo do começo da tragédia social no estado do Rio, pela ausência da Educação Pública, resultando no aumento da violência em consequencia também do crescimento populacional, foi a destruição pelo abandono do projeto CIEPs. Quem sabe, sabe, que os CIEPs foram criados por personalidades cuja ideologia política preocupava-se, não com populismo, mas com o realismo social para atendimento a maioria desfavorecida da sociedade. Um projeto de Educação Integral que mantinha as crianças e jovens ocupados o dia inteiro no ambiente onde deveriam estar, na Escola, fora dos riscos da rua do descaso, da indiferença. Não era uma novidade o ensino integral, porque de forma isolada já existiam Colégios Industriais com mesmo projeto. No entanto, o Governador Leonel Brizola apenas buscou abrir a oportunidade dessa Educação para a grande população carente que continua representando a maioria da sociedade fluminense e brasileira. O Projeto CIEPs reuniu a genialidade de Oscar Niemeier e Darcy Ribeiro, idealistas empenhados em produzir soluções. Foi o que fizeram, produziram.
O projeto CIEP não foi prosseguido pelo sucessor do Governador Brizola, sob alegação de custo elevado para a manutenção de uma Educação exemplar, que evitaria certamente o galopante crescimento da criminalidade. Criança abandonada é mais fácil de ser adotada pelo crime.
Com o aumento da população cresceu também o número de Partidos Políticos, assim multiplicando a falta de ideologia e de vontade política. A sociedade caiu no orfanato do Poder Público.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

ENTRE A CRUZ E A ESPADA


Um novo ano começou e o cenário permanece o mesmo para a sociedade brasileira, a mercê das circunstâncias econômicas vigentes, sob o domínio da incerteza. O que trouxe 2018 para o Brasil é uma encruzilhada de dúvidas que produz uma ansiedade aliviada pelo carnaval e depois, com a ressaca, terá que ser encarada. Nesse caminho encruzilhado, o ano novo nos trás dois calendários especiais que preenchem todos os trezentos e sessenta e cinco dias dos doze meses, identificados pelos eventos Copa do Mundo e Eleição. No esporte, a volta do sonho do hexacampeonato na tentativa de ressuscitar o "pais do futebol". Na Política, a esperança de uma nação em passar o rodo na sujeira que lameou os campos da vida dos brasileiros, com expectativa do renascimento de um País dignamente representado com o seu povo respeitado.
A população tem seu sofrimento amenizado pela alegria do futebol mas alimentado pelos assaltos constantes aos cidadãos, nos cofres públicos e nas ruas e residências.
É justamente em cima da falsa alegria do carnaval, que não passa de uma catarse transferida dos campos de futebol no período de recesso esportivo, que os urubus no poder se alimentam da festa da carne, lançando suas garras consumidoras.
Como num beco sem saída, a população sobrevive entra a cruz e a espada.