terça-feira, 22 de dezembro de 2020

TODA A PAZ DO UNIVERSO

Hoje levantei, após um maravilhoso sono. Tive a sensação de que o mundo havia mudado, pois, durante a noite, a Lua refletia sua luz imensa na minha janela e interrompia meu sonho de menino docemente adormecido. O satélite brilhava tanto que eu nem distinguia - se dormia ou se sonhava, ou então, se estava acordado com os olhos fechados. A luz da Lua prateava por inteiro o meu quarto sem luz. Eu via nitidamente uma charrete desfilando pelo espaço sideral e, em vez do cavalo de São Jorge, pousou na Lua para acabar com a briga feroz entre o dragão e o santo, um velho, gordo, de barba longa branca. Por um breve momento fiquei interrogativo. Mas em meio àquela cenografia magnífica, pus-me envolvente no cenário que inexplicavelmente me surgiu. Corri mais para perto da Lua com a intenção de espionr e tirar minhas conclusões. Naquele instante uma batalha era travada entre São Jorge (o santo popular) e o dragão enfurecido, que soltava enormes labaredas pelas ventas e sua bocarra. O choque dos dois o desmoronamento do satélite. Durante o combate, um abalo sinistro sacudia a Lua, coitada, indfesa. O duelo deslumbrava um colorido esplendoroso, com o contraste das cores do uniforme do guerreiro e do esverdeado da fera. Por fim, a luta continuava... E lá vinha a charrete deslizando pela Galáxia, puxada por animais da Terra (Da Terra ?! Mas, o que fazia no espaço ?!). Eu só via que o veículo alegre e descontraído trafegava suavemente pela via flutuante, sem deixar vestígio, sem manchas. Comecei a notar outros detalhes naquela imagem nova. Vi que o gordo ancião, de barba comprida, portava uma grande sacola. A sacola ocupava todas as dimensões da charrete, também, exuberante no fantástico clorovita. Era, realmente, muito incrível porém bela e repousante aos olhos. A impotância da nave, com um cocheiro mais simpático de todos, aparece logo que o amigo velhote aproxima-se da Lua. Ele chega sem interesses exploratórios, dirigindo-se ao centro da batalha do dragão com São Jorge. Sem que fosse preciso dizer nada, os combatentes param perplexos, tão logo escutam o sino da cherrete anunciando sua chegada... Olham um ao outro, e ouvem a voz que diz: - Ei, amigos ! Acabem com isso. Cá estou em nome da Paz. Trago brinquedos para todas as idades. Entre eles, tregua e esperança. Vocês não sabem ?! Hoje é Natal. Daqui, rumo para a Terra, levando toda a Paz do Universo. Portanto, aproveitem enquanto ainda tenho aqui comigo para dar a vocês. Feliz Natal!!!