sexta-feira, 29 de maio de 2020

EDUCAÇÃO E... CULTURA



O MEC, cuja sigla sempre significou Ministério da Educação e Cultura, já teve a sua altura grandes nomes que honraram a pasta executiva, inclusive dois militares, dignos de serem lembrados. Ministro Capanema e Jarbas Passarinho, que enfrentaram as turbulências dos governos aos quais serviram com plena altivez e equilíbrio, por isso marcaram presença na história da Educação e Cultura brasileiras. Na assessoria do Ministro Capanema esteve atuante um dos mais importantes poetas nacionais, Carlos Drumond de Andrade.
Onde estão hoje, a Educação e a Cultura do MEC, considerando o descaso com a Pasta mais importante para qualquer pais ???

terça-feira, 19 de maio de 2020

A ÁRVORE QUE SABIA DEMAIS

A ÁRVORE QUE SAIA DEMAIS


Numa floresta encantada, num recanto do planeta, um velho Jequitibá contava a história de sua natureza, trazendo em sua longevidade conhecimentos misteriosos. Tratava-se de uma vegetação gigantesca, que conseguiu sobreviver aos interesses do mercado comercial. O velho arvoredo media cerca de trinta metros de altura e estendia seus galhos de folhas sadias por invejável diâmetro, corindo e florindo uma grande área. A estrutura da árvore chamava muito a atenção.
O Jequitibá era testemunha de crimes ambientais que ocorria naquela floresta, tendo observado a derrubada de seus parentes e amigos, bem como queimadas indiscriminadas, para atender a interesses pecuaristas. Viu, por exemplo, uma irmã e uma sobrinha serem exterminadas clandestinamente e levarem para servirem a indústria de móveis como matéria prima. Descreve a cena da derrubada com detalhes impressionantes:
-" Vi a motosserra dilacerando o corpo de minha irmã, pondo-a no chão, depois de atravessá-la junto a raiz e em seguida, após caída, arrancar os seus membros um a um; as folhas choravam lágrimas de clorofila. O corpo não foi encaminhado para o Instituto Médico Legal, pois seria uma incoerência, afinal de contas ere preciso levá-lo a uma madeireira mais próxima, afim de que pudesse receber as novas formas dadas por uma indústria não credenciada."
Em relação a sobrinha, o velho Jequitibá foi mais emocional, sofrendo muito na descrição do fato :
-" Era uma criança vegetal que contribuiria dezenas de anos para a purificação do ar que os seres animados necessitam. Foi extraida sem o menor interesse comercial mas apenas porque tinha nascido numa posição que atrapalhava a derrubada de sua mãe, vindo a servir tão somente para para lenha na fogueira que aqueceria aos exterminadores no meio da floresta, após perceberem que não serviria para móveis."
O Jequitibá de mais de cem anos de vida assistiu a inúmeros acidentes no confronto do homem com a natureza. Viu a odisséia dos garimpeiros naquela floresta exuberante de vegetação diversificada, matando-se entre si pela inveja e a cobiça do ouro e pedras preciosas. Viu a vegetação rasteira ser arrancada pelas máquinas de garimpos, que produzem ainda a erosão do solo. Assistiu também preso em sua raiz, a contaminação dos rios pelo mercúrio aplicado desenfreadamente e sem controle da fiscalização, por vezes controlada, misteriosamente, sem que ele entendesse.
Nessa linha de sofrimento, o velho Jequitibá vinha acompanhando o desaparecimento da fauna daquele habitat. Lembrou-se do macaco Biriba, que vivia pulando nos seus galhos, até mesmo quebrando galhos, falando em tom de saudades, uma vez que nunca mais foi visto. Não sabia se Biriba havia migrado pela escassez de árvores ou se tinha sido devorado pelos garimpeiros famintos... O Jequitibá saia muito...
O histórico e simbólico Jequitibá viria a tombar como uma árvore que sabia demais, que não deveria deixar vestígios, sendo então arrancada pela raiz.

ESTADISTAS



O valor do estudo da História está em acompanharmos enquanto em vida os feitos e os desfeitos humanos nesta delgada camada da Terra, na qual habitamos. O caminhar nela viajando no tempo e espaço nos permite rever e ver o que importa e o que não tem importância.
A história da humanidade está repleta de Estadistas, idolatrados e confundidos com amados, que no seu tempo destruiram mais do que construiram. Grandes estadistas também foram grandiosos Genocidas. Armados como guerreiros dominadores para conquistar e garantir suas conquistas terrenas não conheceram limites rumo ao poder de seus impérios.
As armas evoluiram para alcançar os dominios imperiais modernos, chegando ao simples uso de uma caneta para a prática do Genocídio sem a menor percepção. Basta assinar ou, não assinar, que o ato desconectado ao senso de humanidade executa de uma só vez dezenas, centenas e milhares de vida...
A caneta na mão de um Estadista, idolatrado pelo ópio popular, pode fazer a desgraça de um povo indefeso e abandonado a própria sorte.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

DERRUBADA INDISCRIMINADA


Historicamente, temos exemplo marcante da devastação da natureza ao caracterizarmos a exploração do pau brasil na linha de inversão do valor simbólico e significativo da árvore. Na época do descobrimento do Brasil o mercantilismo europeu se estendeu até nossas terras ainda escondidas para fins lucrativos. Obvia e aparentemente, apenas a vegetação despertava algum interesse de beneficiamento econômico para a Europa. Nenhuma outra riqueza, no caso o ouro e prata, despertavam a cobiça na nova terra descoberta. O ouro estava longe dos olhos dos descobridores, que a olho nu só enxergavam a imensa mata virgem.
O que importava era unicamente atender ao mercado comercial europeu, que dependia de novos produtos para o enriquecimento dos países daquele continente. E após vasculharem a costa brasileira e confirmarem a utilidade do pau brasil, passaram a extingui-lo.
Ao longo dos 500 anos passados, o exemplo do pau brasil permanece como um legado negativo para a sociedade brasileira. As árvores continuam sendo mortas, sem novos cultivos.

A ÁRVORE E A VIDA


O gesto de plantar uma árvore nos faz reviver a cada momento a sensação de um mundo novo. Este mundo novo que precisamos fortalecer todos os dias, não apenas no dia da árvore. O ar da árvore é aquele que necessitamos. O simples cuidado com nós mesmos.
O valor simbólico de plantar uma árvore atravessa gerações, enfatizando o sentido da vida. Nos grandes centros urbanos, a preocupação com a ecologia transformou-se num compromisso. Valorizar o ar que respiramos é a condição sem a qual não vivemos.
Estamos, no entanto, limitados às homenagens e, muitas vezes póstumas, quando deveríamos cultivar diariamente como hábito a preservação da natureza. Todavia, o que vemos é exatamente o contrário.
Encontramos na imensa Amazônia o oposto dos centros urbanizados. O tapete verde da Floresta Amazônica reflete a vastidão da arborização que a natureza encarregou-se de proporcionar a nós, privilegiados habitantes da vizinha vegetação continental.
Plantar uma árvore é um símbolo da longevidade...
Infelizmente, o valor da Amazônia está invertido. O que se vê é o desmatamento em lugar de plantação. As árvores são derrubadas em vez de serem cultivadas. A fauna reclama seu habitat natural.

sexta-feira, 8 de maio de 2020

A CIÊNCIA E A FÉ NO PODER



A Humanidade mais uma vez em perigo, enfrentando um desafio de sobrevivência quando o castigo do isolamento é imposto por um inimigo invisível. As mãos que tanto representam os laços de afetividade estão amarradas nas pessoas, proibidas se tocarem e de se entrelaçarem. É o momento da Ciência, assumindo seu poder através dos estudos permanentes para encontrar uma arma potente capaz de vencer a guerra contra um único guerreiro, que se multiplica, destruidor dos seres humanos.
No campo de batalha, o exército dos profissionais da saúde trabalham incansavelmente numa luta desigual ora vencendo ora perdendo alguns combates. Muitos passam a incorporar batalhões de baixa, sucumbindo no cenário de uma guerra devastadora. O poder da Ciência identificou o inimigo e busca o melhor meio de combatê-lo, enquanto a Fé solidificada na esperança de cada indivíduo fortalece a ação de cada profissional envolvido no confronto.
Na arena desse conflito belicoso, as autoridades buscam amenizar as estatísticas de contágios do Coronavirus-19 com medidas restritivas a circulação do público, sem resultado positivo, considerando o fato de que por impulso o Humano é um Ser Social, essencialmente.
A Ciência não desiste em seu trabalho permanente mas a Fé também exerce o seu poder...