sábado, 15 de abril de 2023

SERVIÇO PÚBLICO E O BANDITISMO

Como a sociedade BRA-SI-LEI-RA encontra-se num mato sem cachorro, a merce de uma falência múltipla dos órgãos que a deixa a deriva num oceano de lamas sem fim, busca-se no infinito horizonte um fio de esperança capaz de trazer alento ao sofrimento que alimenta a criminalidade refletida nos últimos tempos... O panorama da prestação dos serviços públicos ao público é clara e vergonhosamente uma realidade decadente. Se for possível estimar, não é difícil observar que a partir da década de 80 o controle de redução no quadro do funcionalismo público tornou-se evidente uma vez que criou-se a indústria da arrecadação de taxas de inscrição de concursos para números de vagas desproporcionalmente alarmante em relação aos candidatos inscritos, criando-se até bancas de reserva, sem que nenhum candidato fosse chamado até a prescrição da validade do concurso. O objetivo dos concursos passou a ser enaganar o público necessitado de emprego, explorando ainda mais a falta de recursos financeiros do desempregado, alimentando uma falsa esperança diante da contenção de gastos públicos sob alegação de que o Servidor é dispendioso. Para cada servidor aposentado nenhum substituto contratado, tornando humanamente impossível um bom atendimento por parte de um funcionário que responde por dois, três ou quatro colegas de trabalho... obviamente que o cidadão contribuinte sai prejudicado e lesado, para não dizer roubado escancaradamente porque os impostos são cobrados e devem ser pagos regularmente. A máquina do poder público vive emperrada, sem manutenção e reposição de peças... A questão da carência no atendimento dos serviços públicos deu lugar aos contratos temporários ou terceirização como, aparentemente, um incentivo a iniciativa privada. No entanto, os resultados até agora não demonstraram melhoria porque enquanto a administração pública apresenta incapacidade de gerir os serviços, os oportunistas imbuidos do espírito do banditismo lançam mão dos seus tentáculos para agarrar as oportunidades que recebem de bandeja... a realidade que se tem é de que governar é transferir responsabilidades, lavando as mãos na bacia de Pilatos. Ao economizar com a mão de obra do Servidor Público com o discurso de que é dispendioso, para onde está indo o recurso financeiro economizado na folha de pagamento se não reajustaram salários dos serevidores e a arrecadação nunca para ??? A única notícia que vislumbra no horizonte do oceano lameado é da corrupção, devoradora dos recursos economizados com a falta de reposição das principais peças da Administração Pública, os Servidores Púlicos, cuja automação implan tada despreparadamente (na marra) não foi capaz de substituir...