segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

TRAGÉDIA ANUNCIADA

Roraima, terra dos Macuxis e Ianomamis, primeiros ocupantes daquela região amazônica, passou a ser alvo da desvalorização da vida animal e vegetal quando sua riqueza natural despertou a cobiça dos exploradores ilegais. Na década de 1980 as terras começaram a ser invadidas pela ação dos garimpeiros legais, uma vez que ainda Território Federal a ação era controlada pelo Governo. Por isso a existência da Praça do Garimpeiro em frente ao Palácio governamental que expressa o reconhecimento aos profissionais do garimpo como a principal atividade econômica fiscalizada respeitando a vida dos primeiros habitantes da terra, dependentes do equilíbrio amiental para sua sobrevivência e preservação da história da Amazônia. O movimento aos garimpos legalizados era tão expressivo que acidentes ocorriam com choques de aviões que transportavam os garimpeiros ao local de trabalho. Alguma ação sempre fugia do controlo da competência governamental sem no entanto causar danos ao meio ambiente e à polução indígena, sendo os acidentes provocados por excessos de aeronaves na rota do gdarimpo. Essa movimentação reunia centenas de veiculos no espaço aéreo do então Território Federal de Roraima A tragédia dos Ianomamis que hoje presenciamos foi anunciada quando a decisão de transformação do Território a Estado da Federação aconteceu com a nova Constituição de 1988. Isso por ser bem sabido pelo cidadão brasileiro que muitos estados vivem em situação de calamidade, com suas populações dependentes da boa vontade política para sairem do estado de abandono. Mesmo sendo a população indígena protegida pelo Governo Federal, a ação de respeito a vida fica a mercê do governante que detém o poder de zelar por aqueles que estão integrados ao meio ambiente legalmente protegido. Caso o governante não tenha essa consciência de fato, a tragédia acontece, como está acontecendo, em consequência do descaso e irresponsabilidade com a vida. Óbvio é que aquele governante que se apodera do poder público em benefício próprio em busca do enriquecimento ilícito, não está preocupado com a vida animal nem vegetal e muito menos com a defesa do meio ambiente. Está sim, com a mente ocupada em acumular riquezas valorizando exclusivamente a exploração predatória, sem medir consequencias. O bom político tornou-se impedido de boas ações porque as leis favorecem ao domínio do mau representante no poder público, militante do Casuismo...