terça-feira, 25 de julho de 2017

FLIP

              Durante a Feira literária de Paraty - FLIP, em realização de quarta a domingo desta semana, os amigos interessados poderão encontrar os livros "Jorginho, o menino de ouro", "A Formiga Solitária"  "O Último em canto" em promoção de venda na Livraria Paraty, com minha amiga Dona Norma.

LIVRO ELETRÔNICO DA UFSC

             Em sua 3ª edição, o Livro Eletrônico Infantil e Juvenil da Universidade Federal de Santa Catarina, sob a Coordenação da Profª Eliane Debus, 2016, reune os títulos "Jorginho, o menino de ouro" - "A Formiga Solitária" - "O Último em canto" e "Mãe Gralha em busca da sobrevivência", que poderão ser consultados através do site: 
                http://literaturainfantiljuvenilsc.ufsc.br/

terça-feira, 18 de julho de 2017

MEDALHAS

        Quando se ganha uma medalha, parece que se recebe um empurrão. O valor implícito naquele objeto simbólico não tem tamanho diante de sua invisibilidade. É muito mais prazeroso sentir do que apreciar a sua estrutura por mais bela que seja. O prazer de perceber que um sonho foi alcançado, uma meta chegou ao final para dar início a outra, permitindo a cada homenageado o reconhecimento também de seus limites, quando no clima da competitividade.
         O medalhista pode ser considerado um vencedor, naquela modalidade que disputou, mas, e na vida ? Outros valores surgem como reconhecimento do empenho na Cultura e Educação, no ramo Empresarial e em vários setores da realidade profissional... A Medalha brilhará sempre com seu valor de estímulo que incentivará o esforço de quem almeja o melhor de si, através dos estudos que contribuem para uma Sociedade estruturada que transmite confiança para seus cidadãos viverem dignamente. Nessa modalidade, os Cientistas estarão sempre entre os medalhões. 
          A instituição Escola nunca deixou de valorizar a distribuição de medalhas, através do esporte e da cultura, braços fortes na manutenção da Educação. As Instituições culturais existentes incentivam artistas em todas as áreas com reconhecimentos dos trabalhos executados por seus homenageados, provando com essa atitude que a complexidade da vida em sociedade não pode excluir jamais o estímulo a Cultura. 
          Assim como um Troféu, a Medalha exerce seu invisível papel de honrar o seu ganhador. 
          Na vida ultramoderna, a palavra honradez soa como uma ofensa perante uma população jovem que desconhece princípios de boa convivência...   

sábado, 8 de julho de 2017

ESPERANÇA

                 Falar das flores, do amor que elas representam no brilho reluzente na natureza através de suas cores. Falar do prazer de viver, de conviver, de nascer e de crescer. Tudo isso é grandioso. Falar da Esperança como perspectiva de vida, como projeção do amanhã, é uma forte razão para o existir. Todavia, quando a Esperança é ludibriada, é invocada e simultaneamente ignorada, um ar de tristeza invade a natureza humana. 
                Como é possível brincar com uma palavra tão expressiva para a realidade humana ? Encher os sentimentos de Esperança, comprometendo os mínimos valores da sobrevivência com discursos prometedores, resumidos em simples retórica evasiva, é desesperador para um povo que consegue sorrir, sem dentes
               Ao ser invocada, a Esperança nos remete ao provérbio popular de que "quem espera sempre alcança". Sendo assim, vale a pena esperar, quando a Esperança é revelada no sentido da realização. Portanto, esperar, esperar e esperar, até que se possa alcançar o fim almejado. 
                Quando alguém assume a Esperança com promessa de realizar, está criando expectativas geradoras de confiança, colocando em suas mãos o destino dos esperançosos. Frustrar essa crença esperançosa é como promover uma epidemia de decepções patológicas. 
                 A Esperança não merece fazer parte de um mero jogo de palavras que soam e ecoam, levadas ao vento, sem rumo certo. Quem ouve, na carência de soluções, acaba acreditando que esperar é a solução. Enquanto se espera se desespera, num emaranhado de problemas sociais que se avoluma claramente.
                   Fazer da Esperança um elo de ligação entre o possível e o impossível é correr o risco de ameaçar sua sobrevivência. E, afinal, não se pode matar a Esperança porque está na boca do povo que ela "é a última que morre".  Talvez o pior criminoso seja o responsável pela morte da Esperança. 
                    A Esperança mal...dita cai no campo da desconfiança, refletindo um estado de coisa não realizada. É melhor voltar a falar das flores do que sequer pensar na morte da Esperança.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

FALÊNCIA MÚLTIPLA DOS ÓRGÃOS

             Por onde começar, quando nos deparamos com uma sociedade membro de um pais pedindo socorro ? Pensar na Educação, na Saúde, ou na Segurança ? Ou, melhor não pensar ? Afinal, pensar passou a ser "fazer mal a saúde" ?! 
               Chega de perguntas... Vamos nos arriscar. 
          Nos arrisquemos em viajar pelo cenário das escolas. Primeiramente, as públicas que nos deixam cada vez mais perplexos  pelo descaso com o seu funcionamento no Pais das maravilhas que a natureza se encarregou de  criar. A realidade vence o discurso, responsável pelo alimento dos sonhos de milhões cuja aspiração é viver com dignidade, ainda que tardiamente. Continua latente a vontade de estudar no brilho dos olhos das crianças, enquanto escolas são construídas e destruídas pela lavagem de dinheiro nas mãos de quem despreza o que é público. 
                Na Saúde Pública, se depender de atendimento, a sugestão é: - não se atreva a adoecer, caso precise de Pronto Atendimento. 
                Na Segurança... pública, a confusão está em identificar quem defende o cidadão. 
                Fazer do público uma vida na privada é a tônica do momento. 
               
               

sábado, 1 de julho de 2017

PALHAÇO OU MÉDICO ?

         Em meio a uma loja comercial, enquanto observava os produtos ouvi uma funcionária que   comentava com sua colega a respeito do seu filho. Dizia ela que o menino manifestou seu desejo do que pretende ser quando crescer, num primeiro momento assegurando que seguirá a profissão de Palhaço. Surpresa, ela perguntou: Palhaço ?! 
           Em se tratando de uma criança, tudo pode ainda acontecer, visto que os palhaços de verdade são os grandes primeiros comunicadores infantis transformando o mundo dos sonhos em realidade, transmitindo tudo de bom para a criançada, o que se redunda em felicidade plena. E ser feliz, é o maior objetivo do ser humano... 
          Num segundo momento, a mãe ouviu do filho a confirmação da indefinição, por ser um menino ainda brotando para a vida, ao manifestar seu novo desejo dizendo que quando crescer quer ser Médico. Ela, mais uma vez, arregalou os olhos de surpresa. Mas porque de Palhaço a Médico ?! O Palhaço, brinca e se diverte, transmite alegrias para a criançada. Parece que vive irresponsavelmente, sem importância para a sociedade, como que um profissional descompromissado. O Médico, tem um trabalho mais comprometido com a seriedade, afinal não pode brincar com a vida, tem um dever profissional mais elevado aos olhos da sua comunidade... Mas, e os "Doutores da Alegria" ?! Ha, esses são Palhaços auxiliares da Medicina, cujo papel profissional é fornecer o remédio para a alma que vai preparar o corpo para suportar os remédios químicos. 
          Bem, pedindo licença e intervindo no diálogo daquela mãe, ironicamente, falei: 
         - A dúvida do menino poderá ser sanada quando chegar a hora e ele definir sua escolha por tornar-se um Médico e ingressar no serviço público. Fará papel de palhaço, ao se deparar com um movimento além da capacidade de atendimento sem os mínimos recursos de pessoal profissional auxiliar e de material, infelizmente, transformando-se num dos "doutores da tristeza" que a Saúde Pública representa. Precisará usar os recursos que só os verdadeiros Palhaços tem, para curar a dor que o