terça-feira, 11 de janeiro de 2022

CIDADE DORMITÓRIO

A Geografia nos faz recorrer a ela como Ciência quando os estudos nos leva a observação dos espaços ocupados pelo ser humano, em contraste com a ocupação animal e vegetal que conseguem conviver em equilíbrio natural. A medida que a natureza é submetida a interferência humana sem critérios de ocupação, o que ocorreu ao longo da História da Humanidade, o caos tende a se estabelecer. As grandes cidades que foram surgindo naturalmente deram origem as regiões metropolitanas que por sua vez desenvolveram as magalópolis em alguns países mais desenvolvidos. As metrópolis, que surgiram com o desenvolvimento econômico de cada região a que pertencem, contribuíram para a formação das chamadas regiões metropolitanas que no Brasil congregam as maiores capitais do país. Obviamente o surgimento das cidades só é possível com o aumento populacional, dando origem as grandes cidades que se tornaram metrópolis desenvolvidas que passaram a ser polo de atração pelo mercado de trabalho através de seu potencial econômico. Então nos deparamos com as regiões metropolitanas, geograficamente conceituadas e definidas. Quanto maiores as cidades maior sua complexidade e prolemas multiplicados como desafios para os poderes públicos. Em análise a um dos problemas econômico-social de uma metrópoli como a cidade do Rio de Janeiro vamos verificar que a questão dos transportes coletivos se arrasta por mais de meio século sem solução. Isso porque as cidades que formam a região metropolitana carioca apresentam um elevado índice populacional sem estrutura criada para abrigar seus cidadãos com oferta de emprego digno para viverem satisfatoriamente. Essas cidades são caracterizadas como "Cidades Dormitórios". A cerca de 50 anos os habitantes da Cidade Dormitório de São Gonçalo, que existe há mais de um século, convive com a falta de transportes coletivos digno dos seres humanos, assim como as demais que a circundam, Niterói, Itaborai e Maricá. A ausência de um mercado de trabalho adequado aos seus habitantes, não lhes dão outra opção a não ser buscarem trabalhar no Rio de Janeiro. Até aqui, não se viu políticas públicas voltadas para oferecer aos cidadãos possibilidades de aspirarem um mercado valorizado profissionalmente. O que nunca desvalorizou são os salários dos políticos que representam a população que sai de casa de madrugada para trabalhar no Rio e retornam altas horas, após enfrentarem filas serpenteadas para tomarem ônibus lotados, desde a década de 1970, sujeitando-se a carros que quebram no meio do caminho, além tetos com infiltração, chovendo dentro do veículo. Esses cidadãos, que pagam impostos, não tem tempo de conhecer sua cidade ao longo de uma vida porque passam a semana de trabalho apenas dormindo em casa. A única chance de curtirem um pouco a vida em família somente aos finais de semana e feriados. Porque eles, moram numa "Cidade Dormitório". Não é difícil encontrar testemunhas, em gerações sucessivas de moradores que tenham vivido a experiência de residir na Cidade Dormitório... ALTERNATIVO Existe um trasporte alternativo que não saiu do projeto, por motivo explícito de corrupção, que é a Linha de Metrô do Rio a Itaboraí, beneficiando moradores de Niterói e São Gonçalo diretamente. No entanto, como se trata de "transporte coletivo" sabe-se lá se quando se tornar realidade já não estará obsoleto e será insuficiente, porque a inércia em manter os residentes trabalhando em sua cidade, com uma população crescente, torna o problema sonolentamente insolúvel. Surgindo o Metrô, será todos os passageiros viajarão confortavelmente sentados ? A seguir o exemplo existente no Metrô na cidade do Rio de Janeiro, além das Barcas, o que se pode esperar ???