Em meio a uma loja comercial, enquanto observava os produtos ouvi uma funcionária que comentava com sua colega a respeito do seu filho. Dizia ela que o menino manifestou seu desejo do que pretende ser quando crescer, num primeiro momento assegurando que seguirá a profissão de Palhaço. Surpresa, ela perguntou: Palhaço ?!
Em se tratando de uma criança, tudo pode ainda acontecer, visto que os palhaços de verdade são os grandes primeiros comunicadores infantis transformando o mundo dos sonhos em realidade, transmitindo tudo de bom para a criançada, o que se redunda em felicidade plena. E ser feliz, é o maior objetivo do ser humano...
Num segundo momento, a mãe ouviu do filho a confirmação da indefinição, por ser um menino ainda brotando para a vida, ao manifestar seu novo desejo dizendo que quando crescer quer ser Médico. Ela, mais uma vez, arregalou os olhos de surpresa. Mas porque de Palhaço a Médico ?! O Palhaço, brinca e se diverte, transmite alegrias para a criançada. Parece que vive irresponsavelmente, sem importância para a sociedade, como que um profissional descompromissado. O Médico, tem um trabalho mais comprometido com a seriedade, afinal não pode brincar com a vida, tem um dever profissional mais elevado aos olhos da sua comunidade... Mas, e os "Doutores da Alegria" ?! Ha, esses são Palhaços auxiliares da Medicina, cujo papel profissional é fornecer o remédio para a alma que vai preparar o corpo para suportar os remédios químicos.
Bem, pedindo licença e intervindo no diálogo daquela mãe, ironicamente, falei:
- A dúvida do menino poderá ser sanada quando chegar a hora e ele definir sua escolha por tornar-se um Médico e ingressar no serviço público. Fará papel de palhaço, ao se deparar com um movimento além da capacidade de atendimento sem os mínimos recursos de pessoal profissional auxiliar e de material, infelizmente, transformando-se num dos "doutores da tristeza" que a Saúde Pública representa. Precisará usar os recursos que só os verdadeiros Palhaços tem, para curar a dor que o
Complementando: ...para curar a dor que o descaso provoca.
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