sábado, 26 de maio de 2018
A GREVE E A SOCIEDADE
Sempre que a autoridade se perde, ou falta autoridade que não se dá ao respeito perante a opinião pública, a sociedade em sua totalidade torna-se a maior prejudicada. Uma greve mobilizada por uma categoria profissional, como a dos caminhoneiros, veio demonstrar o quanto os governos sucessivos foram mal representantes dos brasileiros em nada acrescentando para eliminar a total dependência a um único meio de transportes da produtividade que circula pelo nosso Pais. É certo que os direitos devem ser reivindicados, principalmente levando-se em consideração a exploração extrema de trabalho a que são submetidos os trabalhadores em todos os níveis.
Quando as promessas nunca são realizadas e o deboche dos representantes públicos expressam a formação de oligarquias egocentradas, o descaso com a vida dos cidadãos se acentua cada vez mais, conduzindo a um estado de limite inaceitável. Aí nasce a revolta radical, que cega, que ensurdece e descontrola.
A greve dos caminhoneiros também está tornando claro o quanto o Brasil progrediu na atividade industrial, principalmente na produção da veículos automotores, destacando-se a de caminhões para atender a demanda do transporte para escoamento dessa produtividade em todo o território nacional.
Na agricultura, já fomos o pais da cana de açucar, o pais do café, dependentes da monocultura que dificultava uma estrutura econômica equilibrada e estável. O Brasil de hoje é policultor, criador, grande exportador de minérios e de produtos industrializados. Já teve no transporte ferroviário o principal meio de distribuição da produção nacionalmente. Ao abandonar o desenvolvimento da ferrovia para atender, exclusivamente, a interesses da indústria de caminhões, tornou-se dependente de um único transportador de tudo que é produzido no Pais.
O Pais livrou-se economicamente da monocultura, porém, interesses oligárquicos eliminou outra possibilidade de escoamento da produção que já existia, a ferrovia.
Por outro lado, quando o Estado se torna explorador visando através de seu governo exagerar na cobrança de impostos desenfreadamente, uma reação de incômodo acaba por acontecer. E só acontece, devido a total indiferença desse governo em atender as necessidades básicas da sociedade em forma de compensação dos tributos cobrados.
Quando a Sociedade carece de Educação, Saúde, Segurança e Trabalho digno, ela não tem para que pagar impostos. A não ser que seja, como tem sido, exclusivamente para atender aos interesses de politiqueiros, não de verdadeiros políticos conscientes de sua representatividade.
sexta-feira, 11 de maio de 2018
VIVER
Ganhar dinheiro para viver, é bom e necessário. Viver para ganhar dinheiro, torna-se um mal desnecessário.
A vida passa num piscar de olhos... se a mente não estiver presente, o autocontrole estará ausente.
Como viver feliz sem ter dinheiro, é uma questão bem atual. Mas, qual será então o preço da Felicidade ?
Sendo o Homem uma criatura como todas do Criador, a Natureza é seu berço e também o seu refúgio onde o bem estar se apresenta gratuitamente. Pela grandeza do Planeta, ainda há espaços sem muros e cercas para se deleitar. No simples contato com o natural a vida respira
e inspira o prazer de viver. O preço, você é quem faz...
quinta-feira, 10 de maio de 2018
CULTURA DA EXPLORAÇÃO
Esse é um tema que muito incomoda aos cidadãos não acomodados. Os exemplos na sociedade humana são tantos na relação entre os seres da mesma espécie que enumerá-los caberia um grande sacrifício ao intelecto. Porém, vou partir de um exemplo muito especialmente brasileiro que é a exploração da necessidade da "casa própria", a aquisição de um lar para os sem teto.
Após séculos de existência da sociedade brasileira, o drama da conquista de um lar nunca deixou de ser um sonho para o cidadão desprovido de condições econômicas, tornando-se um grandioso pesadelo quando consegue entrar na lista dos mutuários. A instituição financeira oficial (CEF), que sempre foi a única a representar o SFH - Sistema Financeiro da Habitação, agora enfrenta a competitividade de outros organismos dispostos a minimizar a exploração do financiamento da "casa própria".
É muito difícil entender, compreender e assimilar, o antigo Sistema Financeiro da Habitação com sua tabela de cálculos que estabelecia um prazo de 20 anos de financiamento de um imóvel novo, cujas prestações eram reajustadas anualmente mas o valor do bem financiado aumentava numa proporção geometricamente absurda, impossibilitando qualquer amortização. O mutuário que conseguisse chegar ao final dos 20 anos do prazo financiado, não quitava o imóvel, mesmo honrando com o compromisso de pagar todas as prestações. Isso porque o saldo devedor crescia mais do que a própria ignorância dos calculistas e exploradores, a serviço de um Estado "Leviatã", monstruoso e ganancioso. E ainda, uma questão de transferência de responsabilidade do órgão oficial (CEF) para uma empresa terceirizada, cumprido o prazo contratual pagando completamente sua dívida, o mutuário era submetido arbitrariamente por abuso de poder econômico a uma nova avaliação do seu imóvel que não era seu mesmo efetuando o pagamento da última parcela contratual. Como exemplo, o imóvel que no pagamento da última prestação somou o total de 36.000,00 Reais, para receb
er a quitação o mutuário deveria pagar mais 75.000,00 Reais ou concordar com o reajuste das prestações que passaram de 300,00 Reais para 6.000,00 Reais... Sem qualquer chance de negociação. Que órgão oficial é esse, que ao invés de servir ao povo do seu Pais contribuindo para a prosperidade do cidadão torna-se um explorador contribuinte para o crescimento da miséria ? Óbvia e claramente, tudo em benefício de uma minoria estúpida que considerava-se eternamente vivendo como parasitas e sanguessugas da própria espécie.
Pelo exemplo acima, sem negociação, o mutuário só encontrava saída buscando seus direitos na Justiça que, por sua vez, atendia como de costume aos interesses econômicos da parte exploradora que representava o Estado "Leviatã". Sendo a única opção dada ao mutuário pelo poder judiciário a extensão de mais 5 anos de pagamento parcelado, a fim de completar o novo total avaliado de 75.000,00 Reais.
Há uma argumentação de justificativas que vai de encontro a mudanças de valores da moeda nacional ao longo dos 20 anos de contrato. Só que, o Estado explorador além de não cumprir com obrigações constitucionais para com a sociedade, não facilita a vida do cidadão.
O exemplo da aquisição da casa própria descrito sofreu transformações contratuais que favorecem aos mutuários atuais, com a nova tabela de redução. No entanto, essa redutividade é tão insignificante que passa despercebida, caracterizando no final do contrato que a Cultura da Exploração está inserida mesmo com a economia considerada mais estável.
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