domingo, 29 de maio de 2022
OS MISERÁVEIS
Os turistas e o círculo cultural conhecem muito bem o drama da seca nordestina, que inspirou a música "Asa Branca"
cantada por Luís Gonzaga,o rei do baião. A seca é miséria nordestina que ultrapassa séculos, como um dos maiores obstáculos a
interiorização do Brasil. Também foi cenário vivido pela emoção do escritor Graciliano Ramos, em sua obra "Vidas Secas", retrandp
as dificuldades de sorevivência na região carente de água por meses e anos.
Por quanto tempo ainda, as vidas serão secas para cidadãos que vivem na região castigada pele a ausência de chuvas por
longos períodos ?
Por outro lado, o grande contraste acontece quando o excesso de volume de água da chuva invade casas, inundando ruas
e devastando tudo que o líquido precioso encontra. O povo e a miséria depara-se com o contrastante feenômeno da água que a natureza
oferece...
O povo e a miséria sempre estiveram juntos no cotidiano e assim como a seca nordestina várias condições de miserabilidade servem de suporte para as campanhas eleitorais. Uma enchente e seus flagelados morando em barracas de lona em
Alagoas, Salvador, Recife e Rio de Janeiro, são exibidos como verdadeiros instrumentos de propaganda eleitoral sob as mais promissoras de soluçao. A essa altura da exploração da miséria, não se sabe mais quem são os miseráveis...
Será ir longe demais tirar conclusões de que a miséria e o povo precisam permanecerem juntos a fim de que outros
miseráveis usufruam dessa situação ?
O que é mais antigo em nossa sociedade do que o drama do menor abandonado ? As cidades estão cada vez mais lotadas de
menores carentes, produtos das condições de miséria em que nasceram.
Por que o problema persiste? Peresiste porque estamos habituados e conviver com apenas promessas. AS mesmas que conduzem ao poder os que usam o tema para eleição e depois cortam do orçamento público verbas destinadas a programas sociais...
Sabemos que os prolemas sociais não podem ser solucionados apenas pela ação de um seguimento da sociedade. É preciso
uma ação conjunta. Porém, também sabemos que a sociedade se faz representar por órgãos oficializados a quem compete o pontapé inicial.
Tratar da miséria e atender ao desenvolvimento da Educação estaremos contribuindo para uma sociedade sadia, onde os
miseráveis não sejam confundidos pela troca de posições. Onde a miserabilidade não se alastre tanto através dos atos de violência.
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