sábado, 7 de abril de 2018
AME-O, OU DEIXE-O ?
Nosso amado Brasil viveu momentos de grandes conflitos ideológicos na década de 70, quando 0 regime militar implantado por uma revolução cujo extremismo de ação levou a um governo agressivo que demonstrou uma necessidade de colocar em ordem uma sociedade que passava momentos de total insegurança politica, vista pelos revolucionários como um completo desequilíbrio governamental. Essa revolução causou muitos traumas pelo excessivo uso da força, caracterizando-se como uma ditadura militar, período em que a liberdade do cidadão deixou de existir devido a todas as restrições no cotidiano. A expressão "Ame-o ou deixe-o" foi um slogan do governo para determinar a exaltação ao Patriotismo, deixando claro que o Brasil estava acima dos interesses pessoais. Porém, o rigor da ordem imposta provocou mais ainda a rebeldia contra o atropelo aos direitos de expressão e ir e vir. As revoltas, por sua vez, levaram a lutas em confrontos como um combate entre David e Golias, forças desarmadas belicamente, apenas no grito, enfrentando adversários fortemente armados. O resultado não poderia ser outro senão um massacre.
O poder da imposição do "Amor" levou os que não quiseram amar do jeito que o então governo mandava, a deixarem o seu Pais, banidos ou voluntariamente até que a tempestade passasse. O que se estendeu por 25 anos. Muitos se foram e não retornaram...
Passado a tempestade daquele período político, nosso Brasil enfrentou grandes crises econômicas ao libertar-se da Ditadura rumo à Democracia. Até alcançar os dias economicamente evoluídos, representados por uma produtividade crescente em todas áreas industriais e, consequentemente, no setor terciário, as oportunidades profissionais multiplicaram-se assim como os cofres públicos foram abastecidos satisfatoriamente permitindo ao poder público retornar aos brasileiros as arrecadações, em prestação de serviços. O que não ocorreu.
A tão esperada Democracia, talvez chegada após longo período de restrições aos direitos do cidadão, trouxe o risco evidente da passagem repentina da escassez para abundância. No ditado popular, "quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza". Depois de 25 anos de carência da liberdade de idéias e de ações, uma geração amordaçada passou a vivenciar o valor da Democracia, caindo no extremismo da libertação que o regime democrático proporciona.
Como o benefício da Democracia, o mundo globalizou-se incluindo nosso amado Brasil. As portas se abriram para todos que buscarem as oportunidades. Não falta mais nada para o Pais crescer forte e sadio, a não ser a ausência de Patriotismo por parte de quem assume a Gestão Pública. Aliás, essa e outras palavras cívicas desapareceram do cotidiano. É óbvio, se o Brasil estivesse mal economicamente, não haveria tanto desvio dos cofres públicos para os próprios bolsos, impedindo uma real distribuição da renda arrecadada.
Somente diante de um quadro de falta de oportunidades , a juventude vive o dilema de Amar ou Deixar o Pais de hoje, embora não encontre razão para deixar de amá-lo após o surgimento de um Brasil livre. Muitos atualmente o deixam contra a vontade, porque a realidade é outra.
Resta então a pergunta: Ame-o, ou deixe-o ?
Amar é ficar e contribuir para a melhoria. Deixar seria afastar da renovação para um futuro promissor, em benefício de futuras gerações.
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