quinta-feira, 19 de abril de 2018
TIRADENTES MULTIPLICADO
A característica cultural da exploração avançou com o próprio Pais do mártir, sacrificado da forma mais animalesca possível como afirmação do poder, sendo seus membros exibidos aos olhos do público. O sacrifício de Tiradentes continuou através dos quinhentos anos de história do Brasil. A independência surgiu politicamente mas a luta pela liberdade econômica e social originou um público de milhões de José Joaquim da Silva Xavier no cotidiano sacrificante da busca pela sobrevivência. Não morrem assassinados como o Alferes morreu, porém, em genocídios burocráticos que eliminam lentamente ao longo dos anos na guerra por uma vida digna.
A atividade exploratória acabou com o fim do Brasil colônia ? Não. Ela prosseguiu de forma camuflada amparada pela própria lei que depende de quem exerce o poder de condenar. Tiradentes foi o único condenado com a morte em um grupo de rebeldes, por sua origem social, enquanto os demais foram entregues a sorte de suas consciências favorecidos, inclusive, pelo status que desfrutavam na sociedade da época. A maioria advogados e poetas. Até este exemplo Tiradentes deixou como legado histórico, o que ainda persiste nos mais de 200 anos após sua morte.
Ser preso é uma coisa. Ser condenado é outra coisa. Depende dos olhares dos que detém o poder das leis, visto de cima para baixa.
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