sexta-feira, 18 de agosto de 2017

O CIDADÃO POLÍTICO

       Recorrendo a História do Brasil encontramos lá em nosso período colonial os primeiros cidadãos eleitos pelo povo, também selecionado pelo direito ao voto, aqueles considerados "homens bons". Quem eram eles senão os indicados indiretamente pela oligarquia dominante, independentemente de sua contribuição para a sociedade da época. Um "homem bom" era o que atendia as caracteriscas peculiares dos exigentes costumes impostos pelo regime imperial, em uma sociedade especificamente discriminatória pela classe social, definindo quem era quem de acordo com a origem familiar clássica. Não esquecendo de que as mulheres faziam parte dessa discriminação.
         Na atualidade, considerando o complexo regime da Democracia Tecnológica, a busca pelo "homem bom" no sistema representativo tornou-se um desafio ainda maior. O caráter individual do candidato, ou candidata, requer mais atenção do eleitor que se perdeu como vítima dos "homens maus" que enganaram facilmente devido a alimentação da pobreza e miséria desenvolvidas por um sistema econômico imperante. O eleitor inconsciente, que nunca teve oportunidade no regime imperial dominado pela Oligarquia, continua existindo, impossibilitado de escolher seu representante como cidadão digno porque lhe tiraram a dignidade mínima da sobrevivência econômica. 
          Pelo panorama vigente em nossa sociedade atual, que prioriza politicamente o candidato economicamente poderoso (entenda-se como aquele inteiramente farto de dinheiro, comprador de almas), os "homens e mulheres bons" quem será que representam ??? 
               A Democracia nunca esteve tão degradada com a impossibilidade do cidadão eleitor exercer sua liberdade de escolha, aprendendo na escola o real sentido do voto. 
               Quem são os "homens bons" de hoje ?...

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