domingo, 25 de março de 2018

ATAQUE A TURISTAS


Nas cidades que recebem muitos visitantes, costumeiramente há controles de radares, porém, não são encontradas placas suficientes com orientações adequadas, que evitem que os turistas caem em armadilhas especificamente montadas para arrecadação de multas. Quando o visitante retorna sua cidade natal, aí sim, recebe notificações. Para que sinalizar, alertando, se é mais rentável arrecadar aos cofres que, certamente, não retorna ao público.

EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO


O DETRAN, como órgão oficial do governo, se tivesse realmente interesse em EDUCAR ao invés de ARRECADAR já teria enviado ao Ministério da Educação proposta de criação da disciplina Educação para o Trânsito nos primeiros anos do Ensino fundamental. No entanto, parece mais fácil multar desinformados do que formar os educados.

segunda-feira, 19 de março de 2018

POLÍTICA E ÓDIO


Quando o convívio escolar desenvolve boas relações humanas, permitindo a prática da política estudantil, o fortalecimento da discussão intelectual expondo as divergências sob uma coordenação competente,a única arma que prevalece no ambiente é a palavra. Aquele que se rende a um argumento convincente não se torna um derrotado ao pé da letra, mas, alguém que inteligentemente percebeu que no momento sua tese foi superada. Daí então, buscará novas idéias para prosseguir com sua luta, sem ódio.
Como esperar tolerância em discussões temáticas se o que passou a predominar é o ódio, e a palavra foi substituída pela arma, indiscriminadamente adquirida e circulando de mão em mão ? Fazer política não combina com ódio e eliminação de adversários, simplesmente como se suas idéias morressem. As boas idéias, não morrem jamais. Quem teve oportunidade de expô-las com a vitória da aceitação coletiva, nunca morrerá. A História está cheia de exemplos, vivos...
Portanto, matar alguém como se estivesse deletando uma imagem eletrônica, não passa de uma falta de evolução humana diante de tanto avanço tecnológico.
A verdadeira Escola precisa retomar seu papel na Sociedade, que é de promover o desenvolvimento social da comunidade a qual pertence. E isto só ocorrerá se a Educação Tecnológica caminhar junto com a formação humana, com verbas governamentais usadas devidamente para os fins educacionais, sem desvios vergonhosos.
Mais uma vez, e quantas necessário for, é bom lembrar que investimento em Educação de qualidade garantirá no futuro muito menos verba para a Segurança. Obviamente, porque a Escola é a vacina preventiva contra a violência, desde haja autoridade pra isso.


sexta-feira, 16 de março de 2018

ROSAS PARA MARIELLE FRANCO


Procurei no jardim da vida qual a roseira onde retirar uma rosa e oferecer em homenagem a Vereadora Marielle. A princípio vi um cabra-cabeça, movido pela emoção que a situação me proporcionou. Porém, tudo foi sendo conduzido ao contexto racional que me permitiu enxergar na jardinagem uma escolha sem limites... Sem conhecê-la pessoalmente, fechei os olhos e pude visualizar o valor de um Ser que brilhava despontando num espaço restrito, naqueles onde nascem os sem esperança, anulados pela sua origem de pobreza, deficiência do básico que é alimentar a fome e enfrentar a miséria. Não imagino, porque sinto na carne, a sua luta para alcançar o patamar que alcançou pelo seu talento e competência, aproveitando o dom do carisma que, certamente, recebeu de uma energia divina. Que rosa posso oferecer ?!
Olhei para a roseira branca e pensei... apagaram seu brilho, de forma cruel, inesperadamente, como tantos são diariamente, numa cidade tão bela pela própria natureza, num Pais naturalmente abençoado e maravilhado por Deus... Será que o seu brilho foi apagado, realmente ?
A rosa branca, oferecendo a purificação do espírito e a paz, é talvez a mais provável escolha para uma Socióloga de formação e prática que enfrentou os espinhos da roseira da vida, cabendo a ela o único troféu que lhe coube numa competição desigual e atroz.
No entanto, não posso deixar de oferecer também a rosa vermelha, porque sua paixão pela causa que abraçou na roseira espinhosa da vida a projetou ao ápice de tornar-se alvo de uma atrocidade retroativa ao barbarismo de uma humanidade selvagem que remonta ao pré-historismo. Um verdadeiro antropofagismo.
Infelizmente, lamentavelmente, na competição, a incompetência produz a violência...
MARIELLE FRANCO : Presente sempre, porque a Sociedade organizada necessita.
No jardim da Roseira da Vida, todas a rosas de todas as cores para você, Socióloga de formação e de alma.















terça-feira, 13 de março de 2018

COM RENOVAÇÃO É ACREDITÁVEL


Testemunhamos um momento histórico do nosso pais, com o exemplo de renovação na justiça brasileira representada por jovens juízes, promotores e procuradores que elevam a esperança de uma nação. Grandes nomes de idealistas brasileiros que sonharam com um Brasil justo protetor dos direitos comuns a todos, estão agora recebendo homenagem através da prática de seus ideais de liberdade por meio de dignos detentores do poder Judiciário.
O que se pode ver no cenário do judiciário, através da juventude de seus representantes, não será possível também com a renovação de nomes no cenário político ? Com as eleições disponibilizando aos cidadãos a oportunidade de mudar, não seria hora de oportunizar aos jovens que se lançam em candidaturas a chance de mostrar do que são capazes? Quem sabe, jovens cabeças tornariam a Política acreditável...

sábado, 10 de março de 2018

O PROBLEMA NÃO É A POLÍTICA


Quão necessária é a POLÍTICA, como teoria científica, que é preciso compreender que sem ela a Sociedade organizada não consegue conviver. Tornou-se comum ouvir de uma expressiva maioria dos cidadãos o lamento de que não gosta de política. Reportando a origem da palavra a Política deriva do grego Polis, que significa cidade. Logo, todos que habitam uma cidade são membros da Polis, obviamente identificados como políticos. Assim sendo, todo cidadão (residente da cidade) é um político na essência da palavra.
O que diferencia o simples cidadão de um político nada mais é do que o destaque de um líder, entre os políticos (habitantes da Polis). Dado à necessidade da representatividade, surgiu o Poder político que deve ser exercido por aquele cidadão que deixou de ser um simples membro da Polis para representá-la nas diversas formas na estrutura da Sociedade humanamente organizada.
A Política não é o problema porque, como Ciência, conduz a um estudo magnífico no campo das teorias da existência da humanidade, desvendando labirintos que são formados naturalmente nas relações humanas na eterna tentativa de encontrar uma convivência harmoniosa na disputa pelo espaço ocupado, definido como Poder quando conquistado.
O Político é aquele que se propõe a por em prática a Teoria Política, seguindo a sua linha de conduta que, certamente, vai depender de sua interpretação e conhecimento do que é Política. Mesmo assim, por melhor que seja a formação do Político os caracteres humanos prevalecem sobre o saber científico, aflorando naturalmente no Poder a índole de cada um.
Portanto, não devemos encarar a Política como o problema, mas sim, como o único caminho para a Sociedade resolver os seus problemas. O problema está em quem representa a Política, ou seja, o político...

sexta-feira, 2 de março de 2018

ATRÁS DAS GRADES


Quanto mais globalizados ficamos, mais sem identidade nos tornamos. O poder econômico que domina os interesses políticos pouco se importa com o sacrifício daqueles que sucumbem na miséria dos conflitos sociais vigentes. Na disputa pelo poder aquisitivo, cada vez mais o atual fenômeno da qualidade total joga na rua da amargura profissionais altamente qualificados, fechando as portas para o trabalho e exercício da cidadania.
Ao olharmos os jornais, as manchetes estão empobrecidas pelos dramas dos conflitos reinantes. Os valores invertidos revelam que o
cidadão de bem vive submetido aos caprichos do mal, que se impõe de forma clara e poderosa, desafiando as autoridades que assistem impotentes ao extermínio de sua legião. Aqueles a quem devemos pedir segurança estão agora sob o domínio do medo na cidade maravilhosa e sua região metropolitana, porque sofrem de insegurança.
Recorrendo a nossa Constituição, lembramos que ela estabelece como dever do Estado a garantia da segurança pública, mas, também cabe a sociedade colaborar com a manutenção da tranquilidade pública. Quando um representante da lei é assassinado friamente numa ordem sucessiva, caracterizando um conflito definido, a sociedade vive sob ameaça constante, sem saber o que fazer diante diante da inversão de valores nitidamente configurados.
Não havendo mais policiamento suficiente para dar segurança a população, o cidadão passa a comportar-se o prisioneiro de sua própria lei. Seus impostos não pagam mais sua tranquilidade e de sua família, como é o exemplo dos comerciantes que trabalham atrás das grades. Esse fenômeno nas grandes cidades, faz parte de uma conjuntura gerada por falta de atitudes desencadeada ao longo de projetos administrativos anteriores, que tende a piorar caso não haja interceptação em tempo hábil.
Enquanto os criminosos festejam suas glórias, e até com perspectivas de empregos no mercado externo ao tráfico de drogas, pelas promessas de recuperação os jovens estudam e são licenciados para o trabalho nas inúmeras universidades e escolas de ensino médio, sem qualquer esperança de oportunidades...
O cidadão vai as urnas para obter resultados condizentes com a solução dos problemas básicos de sobrevivência humana em sua cidade. Busca no pleito eleitoral a conquista de seus direitos fundamentais, respeitados, para que possa, no mínimo, viver dignamente.
O policial tem família, luta por ela, envolve-se profissionalmente no mundo do crime, ficando marcado pra morrer. O poder econômico dos chamados "bandidos" está superando(já superou) o do cidadão que procura viver honestamente. Nessa estrutura invertida de valores, em que o Ter se sobrepõe ao Ser, o poderio econômico confunde-se com o potencial bélico, deixando a sociedade enfraquecida pela falta de recursos públicos, apesar do cidadão obrigar-se a conviver com a pressão de aumentos constantes dos tributos que lhe são impostos. Ao que transparece. temos que viver mesmo enjaulados para permitir que os bandidos "trabalhem" livremente e assim possamos tentar garantir a nossa segurança...
(Texto produzido no início da década de 90).