quinta-feira, 30 de agosto de 2018

POR QUE SOU CRÍTICO ? AUTOQUESTIONAMENTO.


Acredito que para desenvolver o senso crítico é preciso passar por experiências, profissionais ou não, ao longo de uma vida. Também, tenho certeza de que a visão crítica só me foi possível por frequentar como estudante excelentes Escolas Públicas, desde os primeiros anos de aprendizagem primária. Certamente, porque havia uma política educacional de parceria com excelentes empresas privadas.
Sou sempre orgulhoso de ter nascido pobre, com uma infância difícil, mas, as Escolas que estudei me ensinaram a traçar objetivos alimentando que o futuro existia pra mim. Ou seja, os Profissionais professores vislumbravam e transmitiam esperança. A pobreza não era sinônimo de desgraça, de uma condição permanente de vida...
Na década de 60, as escolas técnicas em horário integral possibilitavam a qualquer adolescente que enfrentasse concursos para ingressar em seus quadros descobrir e desenvolver seus anseios vocacionais. Estudando todas as disciplinas em um turno e no outro percorrendo todas as oficinas durante o ano letivo, o aluno no último ano já saia encaminhado para o mercado de trabalho concorrendo a uma vaga na profissão que se encontrou naquela escola.
Aquele sistema de ensino tecnológico não excluía nenhuma disciplina que fizesse o aluno pensar. Nada de formação de robôs. Não era formado no ensino médio nenhum operário determinado a não desenvolver sua capacidade de um cidadão participante de sua sociedade, através da análise e da crítica. Mesmo porque o ensino era completo e objetivava possibilitar ao estudante a conquista do ensino superior, de acordo com seu interesse, democraticamente. As manifestações estudantis eram frequentes, passeatas pacíficas politicamente corretas, até que veio a transformação por meio da Revolução de 1964, consolidando a Ditadura Militar.
Naquela Escola Técnica Pública, amparada por uma rede de empresas privadas, se aprendia uma profissão, não imposta, mas sim pela livre escolha vocacional do aluno e NÃO FALTAVA, teatro, debates, filosofia, sociologia, literatura e, principalmente, economia. A Cultura e a Ciência caminhavam como irmãs gêmeas ao lado da Matemática. Formava-se cidadãos com conhecimento crítico e tecnológico.
Por que sou crítico ?
Estudei em uma dessas Escolas Públicas, precorri todas as oficinas desde Serralharia, Carpintaria, Funilaria, Mecânica de Auto, Eletricidade, entre outras, além de estudar música que me permitiu desenvolver trabalhos literários. Ao final, sai rico em conhecimentos adquiridos naquela escola sem seguir um caminho tecnologicamente profissional, preferindo assumir empregos que me exigiram conteúdos intelectuais. Nem um curso de dois anos no SENAI, como opção de abandono da escola técnica, conseguiu impor ao menino pobre que ele só teria futuro através da submissão tecnológica.
É notório que a tecnologia determina a mudança de comportamento da sociedade. No entanto, desenvolver o senso crítico faz parte do processo ensino aprendizagem, essencialmente, por meio dos valores éticos e morais.
Orgulhosamente enveredei pelos caminhos do jornalismo e do magistério, satisfeito com as consequencias do meu trabalho, sem jamais desprezar tudo que aprendi naqueles estabelecimentos públicos, que foram o alicerce da minha vida.

UMA POSSIBILIDADE
Diante da realidade atual, em que os estabelecimentos de ensino particulares estão incorporados ao sistema educacional brasileiro, não seria viável o Poder Público desenvolver um programa em todo o Pais com os empresários da Educação, estabelecendo convênios que permitam o retorno das boas escolas "públicas" ?

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

INCENTIVO OU DISCRIMINAÇÃO MESMO ?


As ações judiciais em defesa do consumidor cujos advogados pedem indenizações por danos materiais e morais nunca chegaram aos valores determinados pela Lei, estipulados entre vinte e quarenta salários mínimos, uma vez que são estimados pelos juizes, sempre muito abaixo do real estabelecido pela legislação. Ao cidadão fica a dúvida sobre as decisões fora da lei... Será que a Legislação foi alterada ?
Com as decisões sempre prejudicando ao consumidor, fica a dupla interpretação de que permanece a preocupação antiga de que quem foi lesado deve se contentar com esmolas indenizatórias, incentivando assim a malandragem dos comerciantes sem ética que nada perdem, pois o seguro os cobre, ou se trata de discriminação dos marajás em relação a massa consumidora representada por maioria da população de renda baixa. Há muitos defensores do consumidor, mas, nenhum deles conseguem vencer as decisões fora da lei, cujos julgamentos estão sempre voltados para os momentos de crise econômica beneficiando justamente aos infratores, que agem naturalmente enganando o cidadão na venda de seus produtos.
Como nada funciona, mesmo estando o produto coberto pela garantia as assistências técnicas raramente atendem, numa postura de indiferença total já sabedores de que o consumidor será ludibriado e obrigado a procurar a Defesa do Consumidor que não tem nenhuma certeza do que o meretíssimo vai concluir. O lesado que se conforme em ser roubado burocraticamente e não se manifeste, porque a ditadura burocrática age aleatoriamente. Quantos cidadãos morreram com processos pela lentidão da justiça ?

sábado, 25 de agosto de 2018

ESQUERDA, DIREITA



A velha política sempre foi aquela marcada pelos dois extremos, o da direita e o da esquerda, fortalecidos por posições extremistas entre adversários que se alimentavam pelo sentimento desequilibrado, gerador de perseguições características do abuso de poder.
De que o Pais precisa, de extrema direita ou de extrema esquerda ???
Esse tempo passado, quando apenas dois partidos políticos detinham a disputa pelo poder, obrigando um terceiro a coligação como única opção de participar na governabilidade, já era. Pior ainda ficou no cenário atual, diante de uma pluralidade absurda de siglas partidárias. Para onde foram a Esquerda e a Direita ?! Esfacelaram-se na subdivisão dos interesses, não pelo bem estar de uma Nação mas pela multiplicação dos valores financeiros que transformaram adversários políticos em inimigos ferrenhos.
O governante que assumir o poder com a ótica de um olho só, o da esquerda ou o da direita, certamente, estará cego de um porque não conseguirá enxergar os dois lados. Como governar uma Nação sem a capacidade de desenvolver uma visão cosmopolitana ?
Já que ainda persistem nessa estupidez de direita e esquerda, extremadamente, cabe ao cidadão eleitor deixar de cair na euforia dos discursos inflamados que apenas representam promessas de solução imediata para problemas crônicos. Não se iludam, porque nada é pra já.

sábado, 18 de agosto de 2018

PERO... VAZ...


Quando três caravelas chegaram em 1500, conduzindo seres aparentemente extraterrestres na época, tudo obedecia aos ditames da natureza,
paz, amor e preguiça. As naves marítimas partiram sob a ordem do Rei para descobrir e desbravar o mundo até então desconhecido. O monarca,
cognominado O Venturoso, era notificado sobre a viagem através do Escrivão da frota que mantinha a Coroa informada. A jornada dos corajosos navegadores da época foi então documentada por Pero Vaz de Caminha, cujas descrições das primeiras impressões do novo mundo deixou o rei ambiciosamente feliz.
Como convencionou-se que a primeira impressão é a que fica, tornou-se memorável a frase do Escrivão ao Rei de Portugal exaltando todo o valor econômico de um novo "planeta" descoberto, batizado de Brazil. Disse em sua carta ao monarca que ..."a terra é rica e generosa que, em se plantando, tudo dá..."
Provavelmente, O Venturoso deve ter estimulado, ao dizere: - sendo assim, Pero... Vaz... Caminha...
Prossegue então uma caminhada sem fim rumo ao desenvolvimento desta terra que foi chamado de Novo Mundo um dia, envelhecendo sem perder as caracteríscas de um "planeta" desconhecido por seus desbravadores, porque continuam vivendo as aventuras da exploração egocrata.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

FEMINICÍDIO OU AUTOAFIRMAÇÃO ?


Aos olhos da sociedade, parece que quanto mais leis são criadas mais a criminalidade desafia. Ou será a necessidade do criminoso evoluir aperfeiçoando-se para a mais moderna modalidade de crime ? O que antes era apenas crime conta a mulher, ganhou uma nomenclatura específica e que soa muito bem aos ouvidos do delinquente. Quando se perguntar ao cidadão do crime se ele é matador de mulher, responderá de boca cheia com um palavrão... não, sou um FEMINICIDA, todo orgulhoso de sua masculinidade. Masculinidade?!!!
Sendo a mulher, convencionalmente considerada o sexo frágil, o Feminicida busca em sua fraqueza exprimir o reflexo de seus prolemas espelhados na falta de coragem de encarar um sexo forte. Estará ele tentando dizer que é mais forte porque se sente um dominador frustrado, incapaz de conquistar e atrair inteligentemente seu sexo oposto, "oposto" ?!
Há um sério risco de um Feminicida revelar-se como um ser que nunca ouviu um Não, com letra maiúscula, seja um Narciso da vida em busca de Autoafirmação, ou então, quem sabe, por ser portador do virus do malcaratismo promotor dessa epidemia que assola o pais, resolveu entrar para a história da criminalidade, alistando-se voluntariamente no exército crescente do FEMINICÍDIO.
Disse o poeta: -"numa mulher não se bate, nem com uma flor".
Peço licença ao querido Poetinha, para dizer que... numa mulher, nem se bate.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

NOVO LIVRO


Em lançamento, o livro "Consciência Poética - entre razão e emoção" está disponível no site www.clubedosescritores.com.br