sábado, 22 de dezembro de 2018

RECESSO ILUMINADO


Seria tão gratificante que o clima de interação entre as pessoas de bem, durante o recesso que a Luz do Mestre Jesus é refletida, não se repetisse apenas neste período do ano mas que o brilho do advento do Natal perdurasse por todo e cada Ano que se renova, produzindo assim uma eterna sensação de bem estar permanente, deixando de ser um desejo fortalecido pela esperança de uma vida melhor nesse plano superficial que nos torna muito insignificante na lida diária !

terça-feira, 27 de novembro de 2018

DESIGUALDADE E DIREITOS


É muito significativa a expressão "todos são iguais perante a Lei". Significa muito para uma sociedade que tem seus direitos respeitados. Para o cidadão comum, a força deste princípio inspira uma certa esperança de que na prática isso vá ocorrer, através dos trâmites da justiça. Porém, muitos são os exemplos de que a desigualdade de direitos está presente nos bilhões de processos jurídicos, passando de geração a geração.
Certas e frequentes decisões judiciais, até pela lentidão, causa muita indignação aos cidadãos. Mas, de que adianta espernear se as decisões são tomadas por quem desfruta de uma posição de representante da Lei, acima de qualquer suspeita, que esbanja conforto e bem estar social e vantagens profissionais, ao ponto de tratar o outro cidadão com indiferença, pela arrogância e prepotência que lhe é peculiar ?!
A desigualdade de direitos se torna notória quando se trata de ações indenizatórias, principalmente quando o processo é concluído e o beneficiário aguarda o recebimento de órgãos públicos. As dificuldades burocráticas, se não existirem, são criadas...
Em suma, ter os direitos reconhecidos é uma coisa, o respeito a eles não expressa que "todos são iguais perante a Lei".

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

AS CORES DA ESPERANÇA


Inspirados na própria natureza, é comum no Brasil associar o verde de um de nossos milhões de insetos a cor da esperança. Totalmente verde, as crenças e superstições costumam considerar bom presságio quando alguém avista esse pequeno inseto. Porém, o sentido de alimentar a esperança vai mais além, é criar expectativas de que o melhor está por vir, embora na maioria das vezes se traduz numa maneira mais suave de estimular a continuidade da vida...
No Pais privilegiado pela diversidade de cores surgiu, também pela força da natureza, um símbolo nacional. Nele, estão reveladas as cores que representam a esperança do Brasil. O amor ao Pais, nasce do respeito e admiração a suas belas cores pintadas na Bandeira Nacional. O colorido do verde, do amarelo, do azul e do branco, são a Esperança fortalecida pelo sentimento de amor a Pátria.
Amar a Pátria seria acreditar na Esperança de dias melhores ? Provavelmente sim, porque quem ama protege e busca o melhor para o ser amado. Ao contrário de atrair a esperança para uma suposta uniformização em torno de uma única cor...
Todas as cores são belas e, só na Democracia, cada cidadão tem a liberdade de escolher a sua. O planeta Terra não exibe aos olhos de seus aproximadamente 7 milhões de habitantes, o domínio natural de uma delas absolutamente.
Para a pátria amada Brasil, as cores da Esperança estão expressivas na Bandeira Nacional que representa o Pais por todo o Planeta.

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

CORRUPÇÃO...


Em 1988, quando nascia a nova Constituição do Brasil, foi também o nascimento do Estado de Roraima, até então Território Federal. Uma primeira eleição surgiu para os roraimenses originários de vários estados brasileiros que para lá migraram a fim de somarem forças com os macuxis em preparação a criação do novo estado.
Naquele ano, o então candidato a Presidência Fernando Collor esteve na capital Boa Vista em campanha eleitoral. Uma legião de candidatos a prefeito, deputados e vereadores acompanharam o então futuro Presidente. Na campanha para vereadores um dos candidatos, membro do grupo de professores aventurou-se, com apenas alguns segundos na TV, ao anunciar em pleno Território Nacional que se eleito iria trabalhar no combate a Corrupção.
Obviamente, aquele pleito não passou de uma experiência para esse e os demais candidatos professores. Ninguém teve a chace de ocupar uma cadeira na primeira Câmara Municipal eleita, simplesmente, porque as cadeiras já estavam ocupadíssimas.
O professor candidato, que concorreu pelo PL (Partido Liberal), foi contemplado com 25 votos resultantes de um jogo de camisas que mandou imprimir para o grupo de pelada, que era também de professores. Ao que tudo indica foram generosos em retribuir o agrado do candidato com seus votos.
Foi uma grande lição de combate a Corrupção... toma lá, dá cá...

O PODER EMANA DO POVO


Surpreendente, para quem não acreditava mais em mudanças, foi a reação do brasileiro nas últimas eleições ao provar a máxima da Democracia de que o Poder está nas mãos da sociedade que elege e destitui quem quiser. Estamos diante de uma verdadeira revolução sem armas, com o exclusivo uso da mente movida pela vontade de cada cidadão, utilizando apenas a inteligência. Uma revolução que representou uma grande evolução na população, derrubando o rótulo de que "o povo não sabe votar".
A surpresa impressiona porque a nossa gente é guerreira na luta diária da sobrevivência e sempre é iludida pelos discursos sofistas tradicionais. Esses que, de tanto tirarem proveito dessa situação, passaram a desacreditar em qualquer reação de um povo pacato e simples, exagerando na exploração dessa humildade, extrapolando todos os limites da ganância. Felizmente, tornado público o excesso da ambição, também veio a tona uma inteligente modificação no cenário político do Pais.
Agora ficou provado, quando o povo quer, o povo decide.
Peço licença ao nosso grande e saudoso escritor João Ubaldo Ribeiro para parafraseá-lo, incluindo aqui o título de seu best seller:
"Viva o Povo Brasileiro"

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

SOCIEDADE MULTIPARTIDA


A Nação Brasileira foi transformada num grande parque de diversões político, onde seus cidadãos passaram a ser nada mais do que peças descartáveis nos brinquedos manobrados por seus representantes. Isso, pode-se dizer que foi projetado nos últimos trinta anos quando a ansiedade pela democracia causou a euforia da liberdade. Uma repentina mudança do totalitarismo ao anarquismo. A virada do excesso de controle ao descontrole total...
A presença do Multipartidarismo descoloriu o símbolo maior de nossa Pátria que é a Bandeira Nacional, permitindo o grande desfile da falsa diversidade ideológica através da priorização das variadas bandeiras partidárias, defensoras dos interesses particulares. Se assim não fosse, não estaríamos vivenciando o maior caos da história de nossa sociedade, na Educação, na Saúde, na Segurança, que repercutem na vida de cada cidadão que, usurpadamente, só existe para pagar impostos e manter no Poder da República gatos e ratos correndo atrás, um do rabo do outro...
Esta realidade, de uma sociedade conflitante pelo desencontro causado pela multipartidaridade é exemplo de democracia ?!
Será que Democracia é sinônimo de Liberdade sem limites ou o Estado não é mais responsável por nada, na visão de seus mais recentes gestores públicos ?!
Multipartidarizar a Sociedade Brasileira talvez tenha sido uma das maiores práticas do maquiavelismo perverso que sofremos, porque seu criador foi muito perspicaz já prevendo o desmoronamento de uma nação, completamente atordoada, desgovernada...

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

O DR. ULISSES


Quem foi o Dr. Ulisses? Quem viveu seu tempo sabe que Ulisses Guimarães integrou uma equipe de líderes políticos do verdadeiro MDB, partido responsável pelo movimento "Diretas Já" que trouxe de volta ao Brasil a então sonhada Democracia.
Lembrar dessa equipe de políticos com princípios patrióticos, parlamentares que defendiam os interesses do Pais com movimentos coordenados por lideranças de nomes como Franco Montoro, Mário Covas, Tancredo Neves e Teotônio Vilela, é talvez um pouco de saudosismo de uma nação estudantil estimulada a participar da vida política, sem qualquer ameaça do domínio mental da eletrônica. Os heróis existiam fora do mundo virtual para salvar a Pátria.
Foi um bom tempo do MDB, em que mais um exemplo de incerteza a Politica mostrou quando o Dr. Ulisses, depois de tudo que fez pelo seu pais como parlamentar brilhante, concorreu para a Presidência da República e foi derrotado com toda a popularidade que tinha para o mais jovem Presidente eleito do Brasil.

VERGONHA NA CARA



O político pertence a dois lados, o do eleito e o do eleitor. É costume ouvir do lado do eleitor a expressão "falta de vergonha na cara" quando se refere a políticos eleitos que não correspondem aos votos que receberam, provocando grande decepção, sendo essa a forma de desabafo.
Por outro lado, se um político eleito, em quem foi depositado toda a confiança do eleitorado para transformá-lo de verdade em um povo feliz, pelo contrário, virou do avesso a felicidade, perdeu o controle do poder para a vaidade individual e permitiu que todos fossem enganados, mesmo sendo condenado pela justiça que reconheceu perante a lei suas façanhas, voltasse a ser eleito indiretamente por esses mesmos eleitores,em qual dos dois lados faltou vergonha na cara ?

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

EXPERIMENTAR O NOVO



A vida modernamente tecnológica estabeleceu o costume automático da troca de aparelhos eletrônicos pelo simples fato de um novo lançamento. Podendo ou não, compra-se o mais moderno pela consideração de que o antigo ficou velho, tornou-se inútil mesmo ainda sendo utilizado. É claro que existe por trás desse comportamento um incentivo comercial garantido pelo sistema econômico gerador da sustentabilidade das atividades empresariais.
Considerando que um impulso automático, estimulado pela alavanca da publicidade, conduz o cidadão ao consumismo descontrolado é inevitável a "gula eletrônica" que deixa o indivíduo irrequieto enquanto não adquirir o novo. O bichinho da gula provoca uma coceira que somente uma nova compra irá curar...
Essa reação do cidadão da era eletrônica bem que poderia ser transferida para a Política, com a experimentação do inexperiente candidato que pela primeira vez desponta na disputa do pleito eleitoral. Por que não buscar a renovação, principalmente, no poder Legislativo? Não é possível desconsiderar que no Poder Executivo, a experiência aparece como qualificação prioritária para o candidato. Realmente, estagiar politicamente no Poder Executivo pode ser uma catástrofe.
Por outro lado, nem sempre o bom representante no Legislativo se tornará um bom Executivo. Muito provavelmente, ao continuar como um bom Legislador, será perpetuado pela sua contribuição ao seu Município, Estado e Pais.
Assim sendo, experimentar o inexperiente pode resultar numa excelente surpresa na renovação para que a Política brasileira ingresse na era da modernidade com a vontade de mudança, que só o novo traz consigo.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

POR ONDE ANDARÁ O TREM BALA ?


Um projeto audacioso que encheu o brasileiro de esperança, entre tantos outros projetos de progresso e desenvolvimento, foi o anúncio da inauguração do moderno e veloz Tem Bala para 2011 ligando o Rio de Janeiro a São Paulo. Para quem rotineiramente precisa percorrer essa rota e depende exclusivamente da ponte aérea, nem sempre bem servida pela a aviação civil devido a vários fatores não só administrativos, a notícia do novo transporte caiu como uma bomba... Poxa, o Pais Continental será modernizado com a implantação do sistema ferroviário mais avançado do mundo!
O entusiasmo com que o anúncio da chegada do Trem Bala ao Brasil foi tão alarmante que permitiu aos cidadãos sonharem com viagens por todo o pais continente, a partir do momento em que a experiência da rota Rio/São Paulo desse certo. E antes de iniciar a obra novas previsões surgiram para a inauguração, primeiramente passando para 2014 e posteriormente para 2018. Infelizmente, o sonho acabou antes do povo acordar de um pesadelo que estava por vir.
O Trem Bala, já não mais tão moderno porque existe outro mais avançado, passou pelo Brasil progressista tão rápido que ninguém conseguiu ver graças a velocidade com que acompanhamos nosso desenvolvimento político, econômico e social.
Por onde andará o Trem Bala, se nem os trilhos foram pro lugar ?!

sábado, 22 de setembro de 2018

O VOTO PILATOS


Quando o eleitor se depara, ano após ano, com tanto descaso e incompetência na gestão pública ele constata a total indiferença debochadamente com a coisa pública. Quando vê que seu voto serviu para colocar no poder representante que retribuiu a ele, eleitor, nada mais do que a sensação da frustração, sente que votou numa lixeira. Porém, como um cidadão cumpridor do seu dever, persiste em comparecer as urnas para manter sua civilidade exemplar.
Um dilema tortura o eleitor reflexivo que, assim como Pilatos, não deseja mais participar de uma decisão frustrante. E para manter sua consciência lavada prefere não eleger o candidato que já ganhou antes da eleição, porque está cansado de ouvir que "o povo não sabe votar". Então, decide ir as urnas e indicar como seu representante aquele que, certamente, não vencerá a eleição. Sendo assim, aconteça o que acontecer com o governante idolatrado pelo povo, esse cidadão dormirá com a consciência pilatiana isentado da responsabilidade sobre novas frustrações.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O ÓBVIO QUE O OLIGARQUISMO NÃO DEIXA ENXERGAR



Uma Sociedade evoluída é aquela que reflete a satisfação de duas necessidades essenciais ao desenvolvimento de uma nação: Estudo e Trabalho, que elevam a auto estima e dignificam o indivíduo.
Governo que ilude o cidadão com falso protecionismo através da distribuição de bolsas diversas, estabelecendo uma relação de dependência econômica, não contribui em nada para o desenvolvimento do indivíduo. Com Educação e oportunidade de renda através da atividade profissional, a moeda passa a ter o valor da conquista, do peixe pescado. Por menor que seja a renda adquirida perde a característica de esmola.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

VOTO CONSCIENTTE


O que significa votar conscientemente ? Será escolher o candidato certo ? E qual é o candidato, certo ?
Um eleitor esclarecido, que considera-se consciente de seus direitos e deveres, sabedor de seus compromissos de cidadão, inicia sua análise para eleger o principal governante do seu pais e depara-se com a seguinte situação.
Primeiramente, ele acompanha o gráfico matemático da estatística e observa que aquele que lidera a pesquisa é o que consegue se aproximar do povo oprimido pelo caos social que vive o pais. Esse candidato é o que mais exerce o poder da retórica popular, destacando-se pelo clamor das paixões que conduzem a soluções imediatas dos problemas. A força das palavras do candidato se confunde com os anseios da maioria do eleitorado. Ele, ao que parece pelos discursos, será a solução de tudo levando-se em conta que sua conduta politicamente não apresenta qualquer mancha ou restrição legal. É certo que não agrada a gregos e troianos mas tem a preferência no pleito.
Na sua lógica de buscar o voto certo, o eleitor consciente lembra o fato de que a experiência da popularidade já levou ao poder quem soube enganar com a empolgação da retórica ilusionista, cuja eleição pela explosão das palavras conduziu a uma grande decepção na prática governamental.
Na linha da decepção, a frustração do povo também foi clara ao eleger um belo representante, jovem para a política do pais da época, que exigia mais experiência do que beleza galanteadora no Poder Executivo de uma grande Nação.
Como votar conscientemente?
Seguindo em sua análise de eleitor consciente, esse cidadão busca nos demais candidatos motivação para se deslocar até as urnas e vê o esforço de cada um, com poucas palavras mais objetivas possível, em tentar convencer a maioria dos eleitores a acreditarem neles. É óbvio que os discursos se completam repetidamente devido aos temas abordados permanecerem enraizados na sociedade por longos e longos anos, sem qualquer vislumbre de mudança. Muito pelo contrário, somente se agravaram.
Mais difícil ainda ficou a escolha do candidato partindo da sigla partidária. Votar no candidato porque ele representa o melhor partido
não condiz com a realidade. Melhor mesmo é escolher o candidato, ignorando sua representação partidária, respeitando sim as características que ele
demonstra como um cidadão digno de ser votado.
Há o candidato que fala pouco, diz o que pensa fazer por um pais melhor e que expressa ar de homem bom, sério em suas convicções, sem
"rabo preso" e seguindo uma linha de idéias voltada para o bem comum, com "ficha limpa". Porém, sua colocação nas estatísticas adianta que não faz
o típico candidato da maioria do eleitorado. Sua situação na pesquisa eleitoral está longe daqueles que podem disputar um segundo turno.
Será o voto consciente, um voto pensado e, portanto, um voto vencido ???

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

QUESTÃO DE LEGALIDADE ?


O poder certamente não faz tanto mal ao ego daqueles que não admitem a questão da inelegibilidade, uma vez que se assim fosse não teriam a cara de pau de manterem suas imagens na campanha eleitoral. Mesmo sendo julgados perante a lei e condenados, insistem no exemplo medíocre de impetrar recursos infindáveis porque a legislação permite. No entanto, se houvesse um mínimo de respeito aos cidadãos, esses candidatos dariam o melhor exemplo ao se retirarem da disputa. Isso porque governaram e se lambuzaram tanto ao ponto de sujarem a própria ficha.
Uma mulher de rua que entra num mercadinho qualquer, por mais pilantra que seja o proprietário, e rouba uma embalagem de lei para o seu filho faminto, vai presa, é fichada e nunca mais será a mesma perante a sociedade avassaladora que condena facilmente, mas, não sabe sequer votar.

FACCIOSIDADE


A Sociedade que democraticamente vivemos é tão democrática pelo conjunto de leis que apresenta, que os direitos se desenvolveram a tal ponto das classes se dividirem e subdividirem-se gerando uma multiplicidade de interesses conflitantes.
A governabilidade que deveria ser voltada para o bem comum do Pais esbarra no conflito de interesses que começa com o confronto dos partidos, facciosamente multiplicados.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

POR QUE SOU CRÍTICO ? AUTOQUESTIONAMENTO.


Acredito que para desenvolver o senso crítico é preciso passar por experiências, profissionais ou não, ao longo de uma vida. Também, tenho certeza de que a visão crítica só me foi possível por frequentar como estudante excelentes Escolas Públicas, desde os primeiros anos de aprendizagem primária. Certamente, porque havia uma política educacional de parceria com excelentes empresas privadas.
Sou sempre orgulhoso de ter nascido pobre, com uma infância difícil, mas, as Escolas que estudei me ensinaram a traçar objetivos alimentando que o futuro existia pra mim. Ou seja, os Profissionais professores vislumbravam e transmitiam esperança. A pobreza não era sinônimo de desgraça, de uma condição permanente de vida...
Na década de 60, as escolas técnicas em horário integral possibilitavam a qualquer adolescente que enfrentasse concursos para ingressar em seus quadros descobrir e desenvolver seus anseios vocacionais. Estudando todas as disciplinas em um turno e no outro percorrendo todas as oficinas durante o ano letivo, o aluno no último ano já saia encaminhado para o mercado de trabalho concorrendo a uma vaga na profissão que se encontrou naquela escola.
Aquele sistema de ensino tecnológico não excluía nenhuma disciplina que fizesse o aluno pensar. Nada de formação de robôs. Não era formado no ensino médio nenhum operário determinado a não desenvolver sua capacidade de um cidadão participante de sua sociedade, através da análise e da crítica. Mesmo porque o ensino era completo e objetivava possibilitar ao estudante a conquista do ensino superior, de acordo com seu interesse, democraticamente. As manifestações estudantis eram frequentes, passeatas pacíficas politicamente corretas, até que veio a transformação por meio da Revolução de 1964, consolidando a Ditadura Militar.
Naquela Escola Técnica Pública, amparada por uma rede de empresas privadas, se aprendia uma profissão, não imposta, mas sim pela livre escolha vocacional do aluno e NÃO FALTAVA, teatro, debates, filosofia, sociologia, literatura e, principalmente, economia. A Cultura e a Ciência caminhavam como irmãs gêmeas ao lado da Matemática. Formava-se cidadãos com conhecimento crítico e tecnológico.
Por que sou crítico ?
Estudei em uma dessas Escolas Públicas, precorri todas as oficinas desde Serralharia, Carpintaria, Funilaria, Mecânica de Auto, Eletricidade, entre outras, além de estudar música que me permitiu desenvolver trabalhos literários. Ao final, sai rico em conhecimentos adquiridos naquela escola sem seguir um caminho tecnologicamente profissional, preferindo assumir empregos que me exigiram conteúdos intelectuais. Nem um curso de dois anos no SENAI, como opção de abandono da escola técnica, conseguiu impor ao menino pobre que ele só teria futuro através da submissão tecnológica.
É notório que a tecnologia determina a mudança de comportamento da sociedade. No entanto, desenvolver o senso crítico faz parte do processo ensino aprendizagem, essencialmente, por meio dos valores éticos e morais.
Orgulhosamente enveredei pelos caminhos do jornalismo e do magistério, satisfeito com as consequencias do meu trabalho, sem jamais desprezar tudo que aprendi naqueles estabelecimentos públicos, que foram o alicerce da minha vida.

UMA POSSIBILIDADE
Diante da realidade atual, em que os estabelecimentos de ensino particulares estão incorporados ao sistema educacional brasileiro, não seria viável o Poder Público desenvolver um programa em todo o Pais com os empresários da Educação, estabelecendo convênios que permitam o retorno das boas escolas "públicas" ?

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

INCENTIVO OU DISCRIMINAÇÃO MESMO ?


As ações judiciais em defesa do consumidor cujos advogados pedem indenizações por danos materiais e morais nunca chegaram aos valores determinados pela Lei, estipulados entre vinte e quarenta salários mínimos, uma vez que são estimados pelos juizes, sempre muito abaixo do real estabelecido pela legislação. Ao cidadão fica a dúvida sobre as decisões fora da lei... Será que a Legislação foi alterada ?
Com as decisões sempre prejudicando ao consumidor, fica a dupla interpretação de que permanece a preocupação antiga de que quem foi lesado deve se contentar com esmolas indenizatórias, incentivando assim a malandragem dos comerciantes sem ética que nada perdem, pois o seguro os cobre, ou se trata de discriminação dos marajás em relação a massa consumidora representada por maioria da população de renda baixa. Há muitos defensores do consumidor, mas, nenhum deles conseguem vencer as decisões fora da lei, cujos julgamentos estão sempre voltados para os momentos de crise econômica beneficiando justamente aos infratores, que agem naturalmente enganando o cidadão na venda de seus produtos.
Como nada funciona, mesmo estando o produto coberto pela garantia as assistências técnicas raramente atendem, numa postura de indiferença total já sabedores de que o consumidor será ludibriado e obrigado a procurar a Defesa do Consumidor que não tem nenhuma certeza do que o meretíssimo vai concluir. O lesado que se conforme em ser roubado burocraticamente e não se manifeste, porque a ditadura burocrática age aleatoriamente. Quantos cidadãos morreram com processos pela lentidão da justiça ?

sábado, 25 de agosto de 2018

ESQUERDA, DIREITA



A velha política sempre foi aquela marcada pelos dois extremos, o da direita e o da esquerda, fortalecidos por posições extremistas entre adversários que se alimentavam pelo sentimento desequilibrado, gerador de perseguições características do abuso de poder.
De que o Pais precisa, de extrema direita ou de extrema esquerda ???
Esse tempo passado, quando apenas dois partidos políticos detinham a disputa pelo poder, obrigando um terceiro a coligação como única opção de participar na governabilidade, já era. Pior ainda ficou no cenário atual, diante de uma pluralidade absurda de siglas partidárias. Para onde foram a Esquerda e a Direita ?! Esfacelaram-se na subdivisão dos interesses, não pelo bem estar de uma Nação mas pela multiplicação dos valores financeiros que transformaram adversários políticos em inimigos ferrenhos.
O governante que assumir o poder com a ótica de um olho só, o da esquerda ou o da direita, certamente, estará cego de um porque não conseguirá enxergar os dois lados. Como governar uma Nação sem a capacidade de desenvolver uma visão cosmopolitana ?
Já que ainda persistem nessa estupidez de direita e esquerda, extremadamente, cabe ao cidadão eleitor deixar de cair na euforia dos discursos inflamados que apenas representam promessas de solução imediata para problemas crônicos. Não se iludam, porque nada é pra já.

sábado, 18 de agosto de 2018

PERO... VAZ...


Quando três caravelas chegaram em 1500, conduzindo seres aparentemente extraterrestres na época, tudo obedecia aos ditames da natureza,
paz, amor e preguiça. As naves marítimas partiram sob a ordem do Rei para descobrir e desbravar o mundo até então desconhecido. O monarca,
cognominado O Venturoso, era notificado sobre a viagem através do Escrivão da frota que mantinha a Coroa informada. A jornada dos corajosos navegadores da época foi então documentada por Pero Vaz de Caminha, cujas descrições das primeiras impressões do novo mundo deixou o rei ambiciosamente feliz.
Como convencionou-se que a primeira impressão é a que fica, tornou-se memorável a frase do Escrivão ao Rei de Portugal exaltando todo o valor econômico de um novo "planeta" descoberto, batizado de Brazil. Disse em sua carta ao monarca que ..."a terra é rica e generosa que, em se plantando, tudo dá..."
Provavelmente, O Venturoso deve ter estimulado, ao dizere: - sendo assim, Pero... Vaz... Caminha...
Prossegue então uma caminhada sem fim rumo ao desenvolvimento desta terra que foi chamado de Novo Mundo um dia, envelhecendo sem perder as caracteríscas de um "planeta" desconhecido por seus desbravadores, porque continuam vivendo as aventuras da exploração egocrata.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

FEMINICÍDIO OU AUTOAFIRMAÇÃO ?


Aos olhos da sociedade, parece que quanto mais leis são criadas mais a criminalidade desafia. Ou será a necessidade do criminoso evoluir aperfeiçoando-se para a mais moderna modalidade de crime ? O que antes era apenas crime conta a mulher, ganhou uma nomenclatura específica e que soa muito bem aos ouvidos do delinquente. Quando se perguntar ao cidadão do crime se ele é matador de mulher, responderá de boca cheia com um palavrão... não, sou um FEMINICIDA, todo orgulhoso de sua masculinidade. Masculinidade?!!!
Sendo a mulher, convencionalmente considerada o sexo frágil, o Feminicida busca em sua fraqueza exprimir o reflexo de seus prolemas espelhados na falta de coragem de encarar um sexo forte. Estará ele tentando dizer que é mais forte porque se sente um dominador frustrado, incapaz de conquistar e atrair inteligentemente seu sexo oposto, "oposto" ?!
Há um sério risco de um Feminicida revelar-se como um ser que nunca ouviu um Não, com letra maiúscula, seja um Narciso da vida em busca de Autoafirmação, ou então, quem sabe, por ser portador do virus do malcaratismo promotor dessa epidemia que assola o pais, resolveu entrar para a história da criminalidade, alistando-se voluntariamente no exército crescente do FEMINICÍDIO.
Disse o poeta: -"numa mulher não se bate, nem com uma flor".
Peço licença ao querido Poetinha, para dizer que... numa mulher, nem se bate.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

NOVO LIVRO


Em lançamento, o livro "Consciência Poética - entre razão e emoção" está disponível no site www.clubedosescritores.com.br

segunda-feira, 23 de julho de 2018

DOAÇÃO



Com o propósito de contribuir para o incentivo a leitura e o desenvolvimento cultural através dos livros, estou interessado em distribuir meus livros para Bibliotecas públicas e comunitárias de regiões carentes de acesso a essa serviço.
Peço que os interessados enviem endereços completos para o e-mail aldgui@gmail.com a fim de que sejam remetidos os exemplares via correios. Ficarei feliz com essa contribuição, principalmente em relação aos livros infantis.

domingo, 8 de julho de 2018

ARRECADAÇÃO OU CONFISCAÇÃO ?


Sabemos que não adianta repetidas indignações e manifestações a respeito dos tributos cobrados aos cidadãos brasileiros. Na sociedade capitalizada, que já vem dos exemplos governamentais dos antigos romanos, não há como fugir ao domínio do dinheiro que torna o poder cada vez mais corrompido e explorador.
Nessa linha de conduta, nenhum governo desde que nossa república entrou em nossa história preocupou-se em aliviar a cobrança de impostos, numa linha sucessiva de exploração da renda de quem produz. O pior e mais lamentável é que a proporção da relação entre governo e governado demonstra claramente que o cidadão sempre sai perdendo, diante dos cálculos apresentados. Num exemplo simples, vamos ver um profissional que manteve retido na fonte pelo Imposto de Renda, durante o ano, 13 mil reais, como assalariado recebendo de uma única fonte, lhe é restituído tão somente 3 mil reais, sendo engolido pela Arrecadação 10 mil reais. Por que esse desequilíbrio totalmente desfavorável ao contribuinte ? Nem a 50% tem direito o cidadão, uma vez que ele é quem produziu o necessário para a sua renda obtida ? É claramente uma relação da cultura histórica da exploração. O sistema escravocrata permanece na mente dos cobradores de tributos. De 13 mil retidos, devolver 3 mil, ou de 15, devolver 4 mil... Isso não pode ser considerado arrecadação mas sim uma ação confiscante, porque ao cidadão cabe apenas nada reclamar, visto que existe uma legislação que favorece a confiscação.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

SERVIÇO DE TELEVENDAS OU PILANTROPIA


Creio que a partir de um exemplo particular chego ao lugar comum no atendimento hoje dos serviços via telefone. Quando se tem interesse em contratar um serviço através do sistema televendas, o contato na primeira vez, é perfeito. Em seguida torna-se uma dor de cabeça, exigindo do cliente muita paciência nos próximos contatos, depois de criado um problema.
DIRETO AO ASSUNTO
No dia 12 de maio último, através do telefone 08007210211, após ligar para 10699 da Claro dias antes, foi firmado o contrato de nº 16893533-9 para instalação de uma TV a Cabo. O serviço executado naquele dia por um técnico em nome da Empresa foi satisfatório e entrou em funcionamento. Cerca de uns 15 dias depois da TV em atividade, de acordo com o pacote embrulhado pelo atendente do Televendas, aparece na tela uma
mensagem sob o código 06 informando que o cartão de sinal estava "desabilitado" e que o cliente entrasse em contato com o nº 10699 para regularização do serviço. Feito isso, o cliente ouviu a informação de que havia irregularidade no cadastro e que era necessário enviar três documentos para o e-mail grupoprevemcao.clarotv@net.com.br, e aguardar o prazo de 5 dias para regularização, ou então que o cliente procurasse uma loja da Claro a fim de solucionar o problema. Os documentos enviados e passado o prazo, nada foi resolvido. Ao ligar novamente para o 10699, a informação passada ao cliente foi de que o contrato tinha sido cancelado sob alegação de que não receberam a documentação enviada para o endereço de e-mail citado.
Sem qualquer contato verdadeiro, porque ligações suspeitas geram desconfianças, chamou a atenção do cliente o fato de que no ato da contratação do serviço de assinatura o atendente "profissional", após a conclusão, mencionou o seguinte: -"Se o senhor receber alguma mensagem de
que o seu contrato foi cancelado, não dê importância." Ao que parece esse "profissional" já sabia de alguma coisa, mas, tinha que produzir mais uma televenda a qualquer custo. Com essa conduta, em nome da Empresa, é claro, mais um transtorno ou melhor dizendo, uma aporrinhação, causou para o cliente que, como uma boa maioria, tornou-se vítima de uma Pilantropia nos serviços de teleatendimento.
Enquanto isso, o cliente permanece em busca de uma solução racional da Empresa.

sábado, 26 de maio de 2018

A GREVE E A SOCIEDADE


Sempre que a autoridade se perde, ou falta autoridade que não se dá ao respeito perante a opinião pública, a sociedade em sua totalidade torna-se a maior prejudicada. Uma greve mobilizada por uma categoria profissional, como a dos caminhoneiros, veio demonstrar o quanto os governos sucessivos foram mal representantes dos brasileiros em nada acrescentando para eliminar a total dependência a um único meio de transportes da produtividade que circula pelo nosso Pais. É certo que os direitos devem ser reivindicados, principalmente levando-se em consideração a exploração extrema de trabalho a que são submetidos os trabalhadores em todos os níveis.
Quando as promessas nunca são realizadas e o deboche dos representantes públicos expressam a formação de oligarquias egocentradas, o descaso com a vida dos cidadãos se acentua cada vez mais, conduzindo a um estado de limite inaceitável. Aí nasce a revolta radical, que cega, que ensurdece e descontrola.
A greve dos caminhoneiros também está tornando claro o quanto o Brasil progrediu na atividade industrial, principalmente na produção da veículos automotores, destacando-se a de caminhões para atender a demanda do transporte para escoamento dessa produtividade em todo o território nacional.
Na agricultura, já fomos o pais da cana de açucar, o pais do café, dependentes da monocultura que dificultava uma estrutura econômica equilibrada e estável. O Brasil de hoje é policultor, criador, grande exportador de minérios e de produtos industrializados. Já teve no transporte ferroviário o principal meio de distribuição da produção nacionalmente. Ao abandonar o desenvolvimento da ferrovia para atender, exclusivamente, a interesses da indústria de caminhões, tornou-se dependente de um único transportador de tudo que é produzido no Pais.
O Pais livrou-se economicamente da monocultura, porém, interesses oligárquicos eliminou outra possibilidade de escoamento da produção que já existia, a ferrovia.
Por outro lado, quando o Estado se torna explorador visando através de seu governo exagerar na cobrança de impostos desenfreadamente, uma reação de incômodo acaba por acontecer. E só acontece, devido a total indiferença desse governo em atender as necessidades básicas da sociedade em forma de compensação dos tributos cobrados.
Quando a Sociedade carece de Educação, Saúde, Segurança e Trabalho digno, ela não tem para que pagar impostos. A não ser que seja, como tem sido, exclusivamente para atender aos interesses de politiqueiros, não de verdadeiros políticos conscientes de sua representatividade.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

VIVER


Ganhar dinheiro para viver, é bom e necessário. Viver para ganhar dinheiro, torna-se um mal desnecessário.
A vida passa num piscar de olhos... se a mente não estiver presente, o autocontrole estará ausente.
Como viver feliz sem ter dinheiro, é uma questão bem atual. Mas, qual será então o preço da Felicidade ?
Sendo o Homem uma criatura como todas do Criador, a Natureza é seu berço e também o seu refúgio onde o bem estar se apresenta gratuitamente. Pela grandeza do Planeta, ainda há espaços sem muros e cercas para se deleitar. No simples contato com o natural a vida respira
e inspira o prazer de viver. O preço, você é quem faz...

quinta-feira, 10 de maio de 2018

CULTURA DA EXPLORAÇÃO


Esse é um tema que muito incomoda aos cidadãos não acomodados. Os exemplos na sociedade humana são tantos na relação entre os seres da mesma espécie que enumerá-los caberia um grande sacrifício ao intelecto. Porém, vou partir de um exemplo muito especialmente brasileiro que é a exploração da necessidade da "casa própria", a aquisição de um lar para os sem teto.
Após séculos de existência da sociedade brasileira, o drama da conquista de um lar nunca deixou de ser um sonho para o cidadão desprovido de condições econômicas, tornando-se um grandioso pesadelo quando consegue entrar na lista dos mutuários. A instituição financeira oficial (CEF), que sempre foi a única a representar o SFH - Sistema Financeiro da Habitação, agora enfrenta a competitividade de outros organismos dispostos a minimizar a exploração do financiamento da "casa própria".
É muito difícil entender, compreender e assimilar, o antigo Sistema Financeiro da Habitação com sua tabela de cálculos que estabelecia um prazo de 20 anos de financiamento de um imóvel novo, cujas prestações eram reajustadas anualmente mas o valor do bem financiado aumentava numa proporção geometricamente absurda, impossibilitando qualquer amortização. O mutuário que conseguisse chegar ao final dos 20 anos do prazo financiado, não quitava o imóvel, mesmo honrando com o compromisso de pagar todas as prestações. Isso porque o saldo devedor crescia mais do que a própria ignorância dos calculistas e exploradores, a serviço de um Estado "Leviatã", monstruoso e ganancioso. E ainda, uma questão de transferência de responsabilidade do órgão oficial (CEF) para uma empresa terceirizada, cumprido o prazo contratual pagando completamente sua dívida, o mutuário era submetido arbitrariamente por abuso de poder econômico a uma nova avaliação do seu imóvel que não era seu mesmo efetuando o pagamento da última parcela contratual. Como exemplo, o imóvel que no pagamento da última prestação somou o total de 36.000,00 Reais, para receb
er a quitação o mutuário deveria pagar mais 75.000,00 Reais ou concordar com o reajuste das prestações que passaram de 300,00 Reais para 6.000,00 Reais... Sem qualquer chance de negociação. Que órgão oficial é esse, que ao invés de servir ao povo do seu Pais contribuindo para a prosperidade do cidadão torna-se um explorador contribuinte para o crescimento da miséria ? Óbvia e claramente, tudo em benefício de uma minoria estúpida que considerava-se eternamente vivendo como parasitas e sanguessugas da própria espécie.
Pelo exemplo acima, sem negociação, o mutuário só encontrava saída buscando seus direitos na Justiça que, por sua vez, atendia como de costume aos interesses econômicos da parte exploradora que representava o Estado "Leviatã". Sendo a única opção dada ao mutuário pelo poder judiciário a extensão de mais 5 anos de pagamento parcelado, a fim de completar o novo total avaliado de 75.000,00 Reais.
Há uma argumentação de justificativas que vai de encontro a mudanças de valores da moeda nacional ao longo dos 20 anos de contrato. Só que, o Estado explorador além de não cumprir com obrigações constitucionais para com a sociedade, não facilita a vida do cidadão.
O exemplo da aquisição da casa própria descrito sofreu transformações contratuais que favorecem aos mutuários atuais, com a nova tabela de redução. No entanto, essa redutividade é tão insignificante que passa despercebida, caracterizando no final do contrato que a Cultura da Exploração está inserida mesmo com a economia considerada mais estável.


quinta-feira, 19 de abril de 2018

TIRADENTES MULTIPLICADO


A característica cultural da exploração avançou com o próprio Pais do mártir, sacrificado da forma mais animalesca possível como afirmação do poder, sendo seus membros exibidos aos olhos do público. O sacrifício de Tiradentes continuou através dos quinhentos anos de história do Brasil. A independência surgiu politicamente mas a luta pela liberdade econômica e social originou um público de milhões de José Joaquim da Silva Xavier no cotidiano sacrificante da busca pela sobrevivência. Não morrem assassinados como o Alferes morreu, porém, em genocídios burocráticos que eliminam lentamente ao longo dos anos na guerra por uma vida digna.
A atividade exploratória acabou com o fim do Brasil colônia ? Não. Ela prosseguiu de forma camuflada amparada pela própria lei que depende de quem exerce o poder de condenar. Tiradentes foi o único condenado com a morte em um grupo de rebeldes, por sua origem social, enquanto os demais foram entregues a sorte de suas consciências favorecidos, inclusive, pelo status que desfrutavam na sociedade da época. A maioria advogados e poetas. Até este exemplo Tiradentes deixou como legado histórico, o que ainda persiste nos mais de 200 anos após sua morte.
Ser preso é uma coisa. Ser condenado é outra coisa. Depende dos olhares dos que detém o poder das leis, visto de cima para baixa.

O PRIMEIRO CIDADÃO BRASILEIRO ?!


Em uma época que a comunicação social praticamente não existia, a América do Sul era um alvo perfeito para a exploração colonial européia, num período moderno da expansão do mundo ocidental... Naquele momento histórico dos idos do século XVIII, quando o Brasil não passava de uma terra prometida, um território unicamente explorado para atender aos interesses do mercantilismo europeu, ainda uma simples Colônia portuguesa, surgiu alguém com espírito de cidadania rebelando-se contra o imposto de Um Quinto cobrado sobre o ouro extraído em solo brasileiro.
Quem era esse cidadão ? Como ele se inspirou, se não havia meios de comunicação tão eficientes como nos dias atuais exercendo influências na sociedade, capazes de informar o que acontecia no mundo?!
Apesar de notícias que sempre chegavam de além mar manterem informados os de cá, mesmo com atrasos consideráveis pelos recursos da época, a história registrou o sentimento de amor a Pátria que o Alferes Joaquim José da Silva Xavier expressou pagando com a própria vida pelo anseio de um Pais Independente e Livre. O "Tiradentes", como era conhecido, manifestou a maior das insatisfações de um cidadão que é de ser usurpado vergonhosamente em seus direitos de liberdade no sentido mais amplo da palavra. Claramente, o acontecimento do século que foi a Revolução Francesa influenciando o mundo politicamente inspirou em alguém no Brasil colônia o forte desejo liberdade.
Em 21 de abril comemora-se o "Dia de Tiradentes", um brasileiro que tornou-se um mártir do combate a exploração econômica dos poderosos sobre sua população e um dos precursores da luta por um Brasil livre para seguir seu rumo com os próprios pés. Manifestou seu descontentamento contra imposto abusivo, que alimentava a ociosidade da corte.
Sendo Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, também o Alferes, correspondente a patente de Tenente na época, tornou-se Patrono da Polícia Militar que busca honrar o grande cidadão, mártir do Patriotismo.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

PMDB OU MDB ?


Como da noite para o dia, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) perdeu uma letra. Parece que com a mudança da nomenclatura, com a sigla sem o "P", tudo mudou em sua estrutura partidária. A partir de ontem, nesse tempo de tempestades ininterruptas, o PMDB não é mais PMDB mas sim MDB, creio que apenas Movimento Democrático Brasileiro. O que se pode esperar dessa grande mudança ? Quem sabe com a exclusão do Partido da sigla seus integrantes mudarão de conduta, como se fosse assim tão fácil transformar perfis de personalidades... Pronto, agora aquele que se lameou no PMDB se lavou no MDB e não tem mais sujeira.
Como é fácil resolver problemas de mau caratismo !

sábado, 7 de abril de 2018

AME-O, OU DEIXE-O ?


Nosso amado Brasil viveu momentos de grandes conflitos ideológicos na década de 70, quando 0 regime militar implantado por uma revolução cujo extremismo de ação levou a um governo agressivo que demonstrou uma necessidade de colocar em ordem uma sociedade que passava momentos de total insegurança politica, vista pelos revolucionários como um completo desequilíbrio governamental. Essa revolução causou muitos traumas pelo excessivo uso da força, caracterizando-se como uma ditadura militar, período em que a liberdade do cidadão deixou de existir devido a todas as restrições no cotidiano. A expressão "Ame-o ou deixe-o" foi um slogan do governo para determinar a exaltação ao Patriotismo, deixando claro que o Brasil estava acima dos interesses pessoais. Porém, o rigor da ordem imposta provocou mais ainda a rebeldia contra o atropelo aos direitos de expressão e ir e vir. As revoltas, por sua vez, levaram a lutas em confrontos como um combate entre David e Golias, forças desarmadas belicamente, apenas no grito, enfrentando adversários fortemente armados. O resultado não poderia ser outro senão um massacre.
O poder da imposição do "Amor" levou os que não quiseram amar do jeito que o então governo mandava, a deixarem o seu Pais, banidos ou voluntariamente até que a tempestade passasse. O que se estendeu por 25 anos. Muitos se foram e não retornaram...
Passado a tempestade daquele período político, nosso Brasil enfrentou grandes crises econômicas ao libertar-se da Ditadura rumo à Democracia. Até alcançar os dias economicamente evoluídos, representados por uma produtividade crescente em todas áreas industriais e, consequentemente, no setor terciário, as oportunidades profissionais multiplicaram-se assim como os cofres públicos foram abastecidos satisfatoriamente permitindo ao poder público retornar aos brasileiros as arrecadações, em prestação de serviços. O que não ocorreu.
A tão esperada Democracia, talvez chegada após longo período de restrições aos direitos do cidadão, trouxe o risco evidente da passagem repentina da escassez para abundância. No ditado popular, "quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza". Depois de 25 anos de carência da liberdade de idéias e de ações, uma geração amordaçada passou a vivenciar o valor da Democracia, caindo no extremismo da libertação que o regime democrático proporciona.
Como o benefício da Democracia, o mundo globalizou-se incluindo nosso amado Brasil. As portas se abriram para todos que buscarem as oportunidades. Não falta mais nada para o Pais crescer forte e sadio, a não ser a ausência de Patriotismo por parte de quem assume a Gestão Pública. Aliás, essa e outras palavras cívicas desapareceram do cotidiano. É óbvio, se o Brasil estivesse mal economicamente, não haveria tanto desvio dos cofres públicos para os próprios bolsos, impedindo uma real distribuição da renda arrecadada.
Somente diante de um quadro de falta de oportunidades , a juventude vive o dilema de Amar ou Deixar o Pais de hoje, embora não encontre razão para deixar de amá-lo após o surgimento de um Brasil livre. Muitos atualmente o deixam contra a vontade, porque a realidade é outra.
Resta então a pergunta: Ame-o, ou deixe-o ?
Amar é ficar e contribuir para a melhoria. Deixar seria afastar da renovação para um futuro promissor, em benefício de futuras gerações.

domingo, 25 de março de 2018

ATAQUE A TURISTAS


Nas cidades que recebem muitos visitantes, costumeiramente há controles de radares, porém, não são encontradas placas suficientes com orientações adequadas, que evitem que os turistas caem em armadilhas especificamente montadas para arrecadação de multas. Quando o visitante retorna sua cidade natal, aí sim, recebe notificações. Para que sinalizar, alertando, se é mais rentável arrecadar aos cofres que, certamente, não retorna ao público.

EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO


O DETRAN, como órgão oficial do governo, se tivesse realmente interesse em EDUCAR ao invés de ARRECADAR já teria enviado ao Ministério da Educação proposta de criação da disciplina Educação para o Trânsito nos primeiros anos do Ensino fundamental. No entanto, parece mais fácil multar desinformados do que formar os educados.

segunda-feira, 19 de março de 2018

POLÍTICA E ÓDIO


Quando o convívio escolar desenvolve boas relações humanas, permitindo a prática da política estudantil, o fortalecimento da discussão intelectual expondo as divergências sob uma coordenação competente,a única arma que prevalece no ambiente é a palavra. Aquele que se rende a um argumento convincente não se torna um derrotado ao pé da letra, mas, alguém que inteligentemente percebeu que no momento sua tese foi superada. Daí então, buscará novas idéias para prosseguir com sua luta, sem ódio.
Como esperar tolerância em discussões temáticas se o que passou a predominar é o ódio, e a palavra foi substituída pela arma, indiscriminadamente adquirida e circulando de mão em mão ? Fazer política não combina com ódio e eliminação de adversários, simplesmente como se suas idéias morressem. As boas idéias, não morrem jamais. Quem teve oportunidade de expô-las com a vitória da aceitação coletiva, nunca morrerá. A História está cheia de exemplos, vivos...
Portanto, matar alguém como se estivesse deletando uma imagem eletrônica, não passa de uma falta de evolução humana diante de tanto avanço tecnológico.
A verdadeira Escola precisa retomar seu papel na Sociedade, que é de promover o desenvolvimento social da comunidade a qual pertence. E isto só ocorrerá se a Educação Tecnológica caminhar junto com a formação humana, com verbas governamentais usadas devidamente para os fins educacionais, sem desvios vergonhosos.
Mais uma vez, e quantas necessário for, é bom lembrar que investimento em Educação de qualidade garantirá no futuro muito menos verba para a Segurança. Obviamente, porque a Escola é a vacina preventiva contra a violência, desde haja autoridade pra isso.


sexta-feira, 16 de março de 2018

ROSAS PARA MARIELLE FRANCO


Procurei no jardim da vida qual a roseira onde retirar uma rosa e oferecer em homenagem a Vereadora Marielle. A princípio vi um cabra-cabeça, movido pela emoção que a situação me proporcionou. Porém, tudo foi sendo conduzido ao contexto racional que me permitiu enxergar na jardinagem uma escolha sem limites... Sem conhecê-la pessoalmente, fechei os olhos e pude visualizar o valor de um Ser que brilhava despontando num espaço restrito, naqueles onde nascem os sem esperança, anulados pela sua origem de pobreza, deficiência do básico que é alimentar a fome e enfrentar a miséria. Não imagino, porque sinto na carne, a sua luta para alcançar o patamar que alcançou pelo seu talento e competência, aproveitando o dom do carisma que, certamente, recebeu de uma energia divina. Que rosa posso oferecer ?!
Olhei para a roseira branca e pensei... apagaram seu brilho, de forma cruel, inesperadamente, como tantos são diariamente, numa cidade tão bela pela própria natureza, num Pais naturalmente abençoado e maravilhado por Deus... Será que o seu brilho foi apagado, realmente ?
A rosa branca, oferecendo a purificação do espírito e a paz, é talvez a mais provável escolha para uma Socióloga de formação e prática que enfrentou os espinhos da roseira da vida, cabendo a ela o único troféu que lhe coube numa competição desigual e atroz.
No entanto, não posso deixar de oferecer também a rosa vermelha, porque sua paixão pela causa que abraçou na roseira espinhosa da vida a projetou ao ápice de tornar-se alvo de uma atrocidade retroativa ao barbarismo de uma humanidade selvagem que remonta ao pré-historismo. Um verdadeiro antropofagismo.
Infelizmente, lamentavelmente, na competição, a incompetência produz a violência...
MARIELLE FRANCO : Presente sempre, porque a Sociedade organizada necessita.
No jardim da Roseira da Vida, todas a rosas de todas as cores para você, Socióloga de formação e de alma.















terça-feira, 13 de março de 2018

COM RENOVAÇÃO É ACREDITÁVEL


Testemunhamos um momento histórico do nosso pais, com o exemplo de renovação na justiça brasileira representada por jovens juízes, promotores e procuradores que elevam a esperança de uma nação. Grandes nomes de idealistas brasileiros que sonharam com um Brasil justo protetor dos direitos comuns a todos, estão agora recebendo homenagem através da prática de seus ideais de liberdade por meio de dignos detentores do poder Judiciário.
O que se pode ver no cenário do judiciário, através da juventude de seus representantes, não será possível também com a renovação de nomes no cenário político ? Com as eleições disponibilizando aos cidadãos a oportunidade de mudar, não seria hora de oportunizar aos jovens que se lançam em candidaturas a chance de mostrar do que são capazes? Quem sabe, jovens cabeças tornariam a Política acreditável...

sábado, 10 de março de 2018

O PROBLEMA NÃO É A POLÍTICA


Quão necessária é a POLÍTICA, como teoria científica, que é preciso compreender que sem ela a Sociedade organizada não consegue conviver. Tornou-se comum ouvir de uma expressiva maioria dos cidadãos o lamento de que não gosta de política. Reportando a origem da palavra a Política deriva do grego Polis, que significa cidade. Logo, todos que habitam uma cidade são membros da Polis, obviamente identificados como políticos. Assim sendo, todo cidadão (residente da cidade) é um político na essência da palavra.
O que diferencia o simples cidadão de um político nada mais é do que o destaque de um líder, entre os políticos (habitantes da Polis). Dado à necessidade da representatividade, surgiu o Poder político que deve ser exercido por aquele cidadão que deixou de ser um simples membro da Polis para representá-la nas diversas formas na estrutura da Sociedade humanamente organizada.
A Política não é o problema porque, como Ciência, conduz a um estudo magnífico no campo das teorias da existência da humanidade, desvendando labirintos que são formados naturalmente nas relações humanas na eterna tentativa de encontrar uma convivência harmoniosa na disputa pelo espaço ocupado, definido como Poder quando conquistado.
O Político é aquele que se propõe a por em prática a Teoria Política, seguindo a sua linha de conduta que, certamente, vai depender de sua interpretação e conhecimento do que é Política. Mesmo assim, por melhor que seja a formação do Político os caracteres humanos prevalecem sobre o saber científico, aflorando naturalmente no Poder a índole de cada um.
Portanto, não devemos encarar a Política como o problema, mas sim, como o único caminho para a Sociedade resolver os seus problemas. O problema está em quem representa a Política, ou seja, o político...

sexta-feira, 2 de março de 2018

ATRÁS DAS GRADES


Quanto mais globalizados ficamos, mais sem identidade nos tornamos. O poder econômico que domina os interesses políticos pouco se importa com o sacrifício daqueles que sucumbem na miséria dos conflitos sociais vigentes. Na disputa pelo poder aquisitivo, cada vez mais o atual fenômeno da qualidade total joga na rua da amargura profissionais altamente qualificados, fechando as portas para o trabalho e exercício da cidadania.
Ao olharmos os jornais, as manchetes estão empobrecidas pelos dramas dos conflitos reinantes. Os valores invertidos revelam que o
cidadão de bem vive submetido aos caprichos do mal, que se impõe de forma clara e poderosa, desafiando as autoridades que assistem impotentes ao extermínio de sua legião. Aqueles a quem devemos pedir segurança estão agora sob o domínio do medo na cidade maravilhosa e sua região metropolitana, porque sofrem de insegurança.
Recorrendo a nossa Constituição, lembramos que ela estabelece como dever do Estado a garantia da segurança pública, mas, também cabe a sociedade colaborar com a manutenção da tranquilidade pública. Quando um representante da lei é assassinado friamente numa ordem sucessiva, caracterizando um conflito definido, a sociedade vive sob ameaça constante, sem saber o que fazer diante diante da inversão de valores nitidamente configurados.
Não havendo mais policiamento suficiente para dar segurança a população, o cidadão passa a comportar-se o prisioneiro de sua própria lei. Seus impostos não pagam mais sua tranquilidade e de sua família, como é o exemplo dos comerciantes que trabalham atrás das grades. Esse fenômeno nas grandes cidades, faz parte de uma conjuntura gerada por falta de atitudes desencadeada ao longo de projetos administrativos anteriores, que tende a piorar caso não haja interceptação em tempo hábil.
Enquanto os criminosos festejam suas glórias, e até com perspectivas de empregos no mercado externo ao tráfico de drogas, pelas promessas de recuperação os jovens estudam e são licenciados para o trabalho nas inúmeras universidades e escolas de ensino médio, sem qualquer esperança de oportunidades...
O cidadão vai as urnas para obter resultados condizentes com a solução dos problemas básicos de sobrevivência humana em sua cidade. Busca no pleito eleitoral a conquista de seus direitos fundamentais, respeitados, para que possa, no mínimo, viver dignamente.
O policial tem família, luta por ela, envolve-se profissionalmente no mundo do crime, ficando marcado pra morrer. O poder econômico dos chamados "bandidos" está superando(já superou) o do cidadão que procura viver honestamente. Nessa estrutura invertida de valores, em que o Ter se sobrepõe ao Ser, o poderio econômico confunde-se com o potencial bélico, deixando a sociedade enfraquecida pela falta de recursos públicos, apesar do cidadão obrigar-se a conviver com a pressão de aumentos constantes dos tributos que lhe são impostos. Ao que transparece. temos que viver mesmo enjaulados para permitir que os bandidos "trabalhem" livremente e assim possamos tentar garantir a nossa segurança...
(Texto produzido no início da década de 90).

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A QUE PONTO CHEGOU O POLÍTICO



O ilustre cidadão, engana o eleitor com promessas maquiavélicas para chegar ao poder, consegue ser eleito obviamente pela maioria dos eleitores, assume o cargo de Prefeito, viaja com o dinheiro do povo para trair os votantes, arrogantemente, menosprezando-os como se fossem indignos de sua representação. O senhor Prefeito da maior cidade da América Latina, certamente, tem pretensões em tornar-se presidente da república para acabar com a Nação, exterminando o Populismo em benefício do Elitismo.
O que pode nos deixar muito tranquilos é o fato irreversível da revolução tecnológica que não permite mais os velhos políticos colonialistas manterem-se no poder, até mesmo chegar lá.
A Egocracia perdeu a sua vez.

CAPITALISMO E AGOISMO


É lamentável ouvir de um cidadão eleito pelo voto popular democrático a hipócrita frase que " é preciso acabar com o populismo no Brasil". Isto dito pelo Prefeito da maior cidade da América Latina, lá fora, na Suiça. Certamente, em se tratando de um cidadão bem sucedido no sistema capitalista como empresário, recorreu ao povão para ingressar na vida pública. Por sua vez, Administração Pública não se confunde com a
iniciativa privada.
É muito mais fácil ingressar no Poder Público com intenções egoisticamente privadas do que defender os interesses do eleitorado. Talvez
não seja necessário acabar com o populismo mas sim diminuir a arrogância de uma elite que sente-se proprietária absoluta do Planeta e, por isso,
acha-se no pleno direito de dominar agocraticamente o mundo que pertence a todos os seus habitantes. A pior ideologia é aquela que insiste em manter a desigualdade social cada vez mais relevante.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

PEQUENA HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA NO RIO DE JANEIRO


Inevitável é fugir da História como Ciência diante dos fatos que a sociedade registra, através das experiências vividas por seus cidadãos ao longo de qualquer período. A violência, sociologicamente, tem sua origem muito bem identificada quando nos deparamos com as carências de recursos que estabelecem e definem o crescimento da desigualdade, apesar do desenvolvimento econômico de um Pais. Quando a vontade política se
faz ausente com sucessividade torna-se evidente o aumento das dificuldades para recuperar o que, historicamente, sofreu agravamento. É como um tumor maligno não descoberto a tempo.
Para quem gosta ou não de História, é possível na condição de cidadão lastimar que a falta da Educação institucionalizada contribuiu
para o crescimento da violência, entre outros fatores associados a ela. Então, melhor discorrer sobre Educação como um fator primordial na prevenção da origem do comportamento agressivo entre membros de uma sociedade.
Em governanças do estado do Rio de janeiro em anos anteriores, o ensino público foi prioridade, a partir da creche até o primeiro grau completo, havendo em número menor estabelecimentos públicos destinados ao segundo grau. É possível relatar governos como de Faria Lima, Negrão de Lima, Celso Peçanha, Roberto Silveira e Marcelo Alencar, como governadores cujas gestões administrativas caracterizavam a vida
estudantil a partir de uma necessidade básica para o desenvolvimento estadual. Havia uma demonstração de comprometimento político com a Educação na sucessão de governantes, inclusive, não faltando Escolas Técnicas. Era perceptível a vontade política voltada para a formação de uma sociedade fluminense futura rica em conhecimentos científicos e culturais, bem como tecnologicamente.
Essa relação de sucessividade política, ao ser interrompida anos seguintes pelo crescimento dos interesses oligárquicos provindos do
partidarismo em primeiro plano deu origem a decadência e consequente falência das instituições oficiais de ensino, por completo abandono.
Quando o idealismo é radicalizado e condenado, de nada adianta boas e grandes ideias de gênios reconhecidos pela sociedade em todos os níveis.
Um exemplo do começo da tragédia social no estado do Rio, pela ausência da Educação Pública, resultando no aumento da violência em consequencia também do crescimento populacional, foi a destruição pelo abandono do projeto CIEPs. Quem sabe, sabe, que os CIEPs foram criados por personalidades cuja ideologia política preocupava-se, não com populismo, mas com o realismo social para atendimento a maioria desfavorecida da sociedade. Um projeto de Educação Integral que mantinha as crianças e jovens ocupados o dia inteiro no ambiente onde deveriam estar, na Escola, fora dos riscos da rua do descaso, da indiferença. Não era uma novidade o ensino integral, porque de forma isolada já existiam Colégios Industriais com mesmo projeto. No entanto, o Governador Leonel Brizola apenas buscou abrir a oportunidade dessa Educação para a grande população carente que continua representando a maioria da sociedade fluminense e brasileira. O Projeto CIEPs reuniu a genialidade de Oscar Niemeier e Darcy Ribeiro, idealistas empenhados em produzir soluções. Foi o que fizeram, produziram.
O projeto CIEP não foi prosseguido pelo sucessor do Governador Brizola, sob alegação de custo elevado para a manutenção de uma Educação exemplar, que evitaria certamente o galopante crescimento da criminalidade. Criança abandonada é mais fácil de ser adotada pelo crime.
Com o aumento da população cresceu também o número de Partidos Políticos, assim multiplicando a falta de ideologia e de vontade política. A sociedade caiu no orfanato do Poder Público.

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

ENTRE A CRUZ E A ESPADA


Um novo ano começou e o cenário permanece o mesmo para a sociedade brasileira, a mercê das circunstâncias econômicas vigentes, sob o domínio da incerteza. O que trouxe 2018 para o Brasil é uma encruzilhada de dúvidas que produz uma ansiedade aliviada pelo carnaval e depois, com a ressaca, terá que ser encarada. Nesse caminho encruzilhado, o ano novo nos trás dois calendários especiais que preenchem todos os trezentos e sessenta e cinco dias dos doze meses, identificados pelos eventos Copa do Mundo e Eleição. No esporte, a volta do sonho do hexacampeonato na tentativa de ressuscitar o "pais do futebol". Na Política, a esperança de uma nação em passar o rodo na sujeira que lameou os campos da vida dos brasileiros, com expectativa do renascimento de um País dignamente representado com o seu povo respeitado.
A população tem seu sofrimento amenizado pela alegria do futebol mas alimentado pelos assaltos constantes aos cidadãos, nos cofres públicos e nas ruas e residências.
É justamente em cima da falsa alegria do carnaval, que não passa de uma catarse transferida dos campos de futebol no período de recesso esportivo, que os urubus no poder se alimentam da festa da carne, lançando suas garras consumidoras.
Como num beco sem saída, a população sobrevive entra a cruz e a espada.